A hora da verdade! O que pensam Kamala e Trump sobre imigração, economia e aborto
A eleição presidencial norte-americana acontecerá nesta terça-feira (5)
Polêmicos temas têm dominado os debates nas eleições presidenciais deste ano nos Estados Unidos e, duas propostas diferentes estão expostas pelos candidatos Kamala (Democrata) e Donald Trump (Republicano).
Kamala pretende um governo mais progressista com foco no social, enquanto Trump tem propostas mais conservadoras e protecionistas.
Ambos divergem na maioria desses temas e se acusam mutuamente de incapacidade de gerir os principais problemas do país. As eleições acontecem nesta terça-feira, 5 de novembro.
Analistas e críticos da democrata indicam que a segurança na fronteira e a entrada ilegal de imigrantes são pontos fracos de sua campanha, mesmo que, desde 2021, Joe Biden tente reduzir o número recorde de pessoas cruzando ilegalmente a fronteira com o México, no entanto, sem sucesso.
Biden chegou a apostar em Kamala como intermediária entre os Estados Unidos e países da América Central para discussão da questão migratória, tentando convencer os governos desses países a desestimularem a corrente migratória.
A estratégia não vingou, mas rendeu a Kamala, por parte dos republicanos, o apelido de “czar da fronteira”, numa alusão aos imperadores russos que tinham plenos poderes, atribuindo a ela a responsabilidade pelos problemas migratórios.
Em discursos moderados sobre o tema, Kamala lembra que os Estados Unidos foram formados por imigrantes e pede aos estrangeiros que não entrem no país de forma ilegal, além de lembrar que, enquanto era procuradora do estado da Califórnia, lutou contra o tráfico internacional.
A democrata promete enviar e aprovar uma lei no Congresso para reforçar a segurança na fronteira, segundo ela, uma proposta construída em conjunto com vários setores da sociedade, incluindo os agentes que patrulham a região.
Em fevereiro deste ano, o Congresso norte-americano chegou a discutir uma proposta bipartidária sobre a fronteira que não avançou na Casa. À época, Trump pediu que os republicanos votassem contra o texto para evitar uma vitória política de Biden.
Em sua campanha, Trump tem enfatizado que, se eleito, vai retomar as políticas migratórias de quando era presidente, entre 2017 e 2021, afirmando que fará a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos.
Trump credita ao grande número de imigrantes ilegais a crescente onda de crimes, além de sugerir que esses imigrantes estariam ocupando lugares e promovendo o desemprego dos nativos no país.
Trump e Kamala trocam acusações sobre a gestão da economia. O republicano faz críticas à inflação nos Estados Unidos e o alto custo de vida. Oos democratas, por sua vez, afirmam estarem corrigindo problemas herdados do governo Trump.
Kamala pretende:
reduzir o custo de vida dos norte-americanos, principalmente da classe média, fortalecendo as pequenas empresas e taxando os ricos para melhor distribuição de renda.
Incentivo industrial: fornecer créditos fiscais estimulando a indústria caseira e investir em setores como, biotecnologia e inteligência artificial.
Imposto sobre ricos: implantar um imposto de 25% sobre pessoas com fortunas acima US$ 100 milhões, incluindo ganhos de capital.
Donald Trump pretende:
imposto sobre importações, impondo tarifas de 10% a 20% sobre todas as importações, sobretaxando em 60% principalmente produtos vindos da China.
reduzir a alíquota de 21% para 15% para incentivar a produção nacional.
eliminar impostos sobre horas extras e gorjetas dos trabalhadores, além de ampliar um corte de impostos para todas as classes, incluindo os mais ricos.
Sobre aborto:
Kamala defende uma lei nacional que garanta a possibilidade da interrupção da gravidez em todo o país. Trump defende que essa decisão parta dos estados.
Enquanto presidente, Trump nomeou juízes conservadores para a Suprema Corte, que ajudaram a derrubar a lei “Roe contra Wade”, que permitia o aborto nos Estados Unidos desde os anos 1970.
No entanto, desde que a lei foi derrubada, o apoio ao aborto legal cresceu nos Estados Unidos. A medida gerou legislações diferentes em cada estado, que tem autonomia para definir sobre o assunto.
Mulheres grávidas que vivem em estados que mantêm proibição ao aborto, têm viajado para outras regiões onde o procedimento é legalizado.
Kamala promete enviar ao Congresso um projeto de lei para fazer com que o aborto volte a ser legalizado e previsto na Constituição, o que é um incentivo para conquistar o voto de mulheres e eleitores progressistas.
* Fonte: O Sul-Matéria extraída do G1