A partir desta terça-feira (1) os brasileiros vão pagar mais caro pela energia de suas residências, com a entrada em vigor da bandeira vermelha nível 2, que vai valer durante todo o mês de outubro.
O patamar definido é o que tem maior cobrança adicional na tarifa e foi acionado em virtude da seca que assola o país, forçando a utilização de fontes alternativas mais caras.
A cobrança extra será de R$ 7,87 a cada 100 KWh (quilowatt-hora) consumidos. A medida vai impactar também o índice de inflação de outubro, além do consumidor.
A bandeira vermelha de setembro foi a de nível 1, com cobrança extra menor, de R$ 4,46 a cada 100 KWh.
As bandeiras são acionadas conforme o cenário energético, que varia entre favorável (verde) a desfavorável (vermelha patamar 1 ou 2).
Entenda os valores de acordo com os patamares:
Fatores que foram determinantes para o acionamento da bandeira vermelha 2, segundo a Aneel:
O GSF (risco geológico)
O aumento do PDL (Preço de Liquidação de Diferenças), que é o preço de referência da energia.
Segundo a Aneel, esses indicadores foram influenciados pelo menor volume de água nos reservatórios das hidrelétricas pela falta de chuvas, o que provoca a elevação do preço do mercado de energia ao longo do mês de outubro, forçando maior participação de termelétricas.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já alertava, desde fevereiro, a necessidade de medidas para garantir o suprimento, em função da projeção de baixa vazão das usinas para o período de estiagem do ano, como a expansão da geração térmica em outubro e novembro.
O Sistema (ONS) antecipou a entrada de operação da Termopernambuco, da Neoenergia já para este mês, para garantir o suprimento elétrico no país nos horários de pico em outubro e novembro.
A Aneel diz em nota: “A orientação é para utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudicam o meio ambiente e afetam a sustentabilidade do setor elétrico como um todo. A economia de energia é essencial para a preservação dos recursos naturais”.
A ONS projeta que o nível das águas das hidrelétricas caiam pelo sexto mês consecutivo e de que o volume de água armazenada deve cair a menos de 40% no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 70% dos reservatórios do país.
A previsão é de que as chuvas de outubro voltem gradualmente, mas em volume insuficiente para repor a afluências dos rios e a recomposição dos reservatórios das usinas hidrelétricas, com a vazão seguindo baixa e o volume de água armazenada em seus menores índices até o final de novembro.