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A reunião do legislativo em que o presidente chegou à conclusão de que não haveria conclusão

A reunião do legislativo em que o presidente chegou à conclusão de que não haveria conclusão

Reunião da Câmara de Itabira desta terça-feira - Foto: Gustavo Linhares/DeFato

Por fim, depois de longo embate, o vereador-presidente Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB) decidiu que não haveria conclusão da reunião que já havia começado com atraso de pelo menos uma hora além do regimento interno, mas que discussões acaloradas a tornaram inviável, se bem que, com um pouquinho de bom senso, ela poderia ter sido levada a frente.

Parece estranho, mas não é! Cômico e grotesco, sim! Uma reunião que poderia ter ocorrido no próprio plenário, local adequado para esse tipo de situação (não à toa se chama parlamento), perdeu a oportunidade de demonstrar transparência, enquanto os nobres edis se reuniam discretamente (ou soturnamente?). Provavelmente no gabinete do presidente do Legislativo itabirano nas tratativas entre situação e oposição daqueles que deveriam compor a mesa-diretora da Casa no biênio 2023/2024.

Por causa de datas de protocolo de requerimentos divergentes, e por intransigência do presidente do Legislativo, que definiu monocraticamente a data de sexta-feira próxima para a votação e eleição da nova mesa-diretora, a oposição, que havia protocolado requerimento para essa quarta-feira, questionou a atitude do presidente Weverton Vetão, afirmando seu descumprimento do regimento interno da Casa. Diante do alvoroço que se criou, muitos vereadores tentando falar ao mesmo tempo, além de manifestações alteradas dos presentes, unilateralmente, o presidente Vetão optou por encerrar a reunião, mesmo sob protestos dos seus pares.

Frustrados, aqueles cidadãos que se dignaram ir até o plenário da Câmara não esconderam sua insatisfação em terem saído dos vários cantos da cidade para presenciarem espetáculo troglodita. Na pauta da reunião, dentre outros, a aprovação do orçamento municipal para 2023, inicialmente estimado em cerca de 1 bilhão de reais, que ficou para uma próxima ocasião.

Lembrando que, segundo o regimento interno da Câmara, os nobres vereadores podem votar a nova mesa diretora da Casa até o dia 22 de dezembro. Portanto, tempo bastante para as partes correrem atrás de aliados às suas diretrizes.

Alírio de Oliveira é jornalista e escreve sobre política em DeFato Online.

O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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