A sustentabilidade é a nova alma do negócio

“Nenhum grande complexo empresarial continuará de pé sem seguir as rigorosas regras da legislação ambiental”

A sustentabilidade é a nova alma do negócio
Foto: Arquivo DeFato
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Sustentabilidade é palavra mágica. É modismo de tempos modernos. A nova alma do negócio. Nenhuma grande empresa sobrevive no acirrado cenário de competitividade sem o receituário do Tiple bottom line (tripé da  sustentabilidade). No mundo atual, não há espaço para unilateralismo mercadológico. No passado tosco, até meio troglodita- embora nem tão distante- o mais importante era a produção a qualquer custo.

Valorizavam-se os fins, jamais os meios. O lucro imediato era o deus dos acionistas. Variáveis como segurança
do trabalho, meio ambiente e qualidade de vida dos trabalhadores não entravam na equação final. Mas, tudo
mudou nas últimas décadas. Hoje, é impossível a sobrevivência nos negócios sem o triple bottom line- ou tripé da
sustentabilidade. As maiores indústrias não se mantêm sem ele. E qual é o trio de sustentação dos grandes  empreendimentos? Eficiência financeira, compromisso social e responsabilidade ambiental. Esses fatores são a alma dos negócios, no mundo moderno. A regra vale para grandes multinacionais e fabriquetas do cafundó do judas. O compromisso social é interno e externo.

Internamente, a empresa necessita manter a qualidade de vida, garantir a segurança individual e promover o bem-estar do colaborador (que até rima com o antigo e surrado trabalhador). Lá fora- para lá dos portões da fábrica- a principal aposta é num relacionamento de alto nível com as comunidades das áreas de influência. O investimento em cultura, por exemplo, é uma ideia bastante salutar. E aqui, agora, o ponto mais delicado do tripé: a preservação ambiental. Essa ação é fundamental nos tempos atuais. O meio ambiente saudável é um legado obrigatório e
essencial para as gerações futuras. Nenhum grande complexo empresarial continuará de pé sem seguir as rigorosas regras da legislação ambiental.

Empresas negligentes com a preservação dos recursos naturais sofrem imediatas retaliações de clientes e fornecedores. E mais. Perdem benefícios e incentivos governamentais. A omissão (com o meio ambiente) é uma mácula (ou poluição moral) para qualquer corporação. Anote. Eficiência financeira, compromisso social e responsabilidade ambiental são os fundamentos da sustentabilidade, a alma do negócio.

Fernando Silva é jornalista e editor-chefe de política na DeFato.

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