José Luiz Ferreira dos Santos praticamente nasceu palhaço. A paixão pela arte circense emergiu de maneira bastante espontânea, muito natural. Essa história se inicia com a chegada de um circo em Passabém, sua cidade natal. O menino José Luiz — com cerca de nove anos — se encantou com a performance dos palhaços da atração. E não deu outra. Começou a imitar os profissionais do picadeiro pelas ruas. Essa atitude seria simples travessuras de criança, não fosse um diferencial: o garoto tinha talento para a coisa. A vocação, no entanto, só se consolidou definitivamente em Itabira.
A família do já adolescente veio para a terra de Drummond em busca de novas oportunidades. Com a cara (pintada) e muita coragem, o jovem passou a se apresentar em alguns bairros da periferia. E — num instante qualquer desse percurso — nasceu Batatinha, o palhaço. A popularização aumentou por meio da distribuição de panfletos comerciais. O personagem caracterizado ou caricatural virou figura carimbada na região central. A sua área preferencial de trabalho era o cruzamento da rua São José com avenida João Pinheiro. Ali, Batatinha entregava as propagandas para os motoristas retidos no semáforo. A escolha desse ponto foi estratégica. O local tem intensa movimentação de pedestres e automóveis.
Próximo capítulo. Um visionário viu no ator um potencial para a política. O artista tinha perfil de papa-votos. A ideia, então, era jogar a palhaçada para dentro da Câmara de Vereadores. O eleitorado achou graça e topou entrar na brincadeira. O final da equação circense foi inusitado. Resultado: nas eleições municipais de 2016, Batatinha recebeu o expressivo aval de 1.536 itabiranos. Foi a segunda maior votação para vereador, daquele pleito. Nessa entrevista ao programa Sala de Visitas, na TV DeFato, Batatinha relembra a sua história de vida, faz um passeio pela carreira artística, fala sobre os encantos e desencantos da política e promete novidades para o futuro. Confira a seguir:
