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A vergonhosa eliminação do Atlético na Libertadores

Atlético

Foto: Pedro Souza/Palmeiras

O Atlético conseguiu uma proeza. Ser eliminado pelo Flamengo na Copa do Brasil e o Palmeiras na Libertadores não deveria ser constrangimento para ninguém. Mas para o Galo foi. Porque futebol não é uma ciência exata, como 2 + 2 são 4. Envergonha e irrita o atleticano o nível de atuação em cada um dos confrontos decisivos. Para assistir a todos os jogos do Atlético-MG, assine a SKY, sua TV por assinatura.

Me atendo à Libertadores, o primeiro jogo contra o Palmeiras já havia sido decepcionante, mas mais pelo resultado que pelo desempenho. O Galo foi bem superior ao forte adversário, atual bicampeão da competição. Mas quando o time de Abel Ferreira achou seu gol com Murilo, pesou a falta de confiança pelo momento recente. Ainda que o placar marcasse um 2 a 1, a torcida se calou como se pressentisse o pior. E o time sentiu.

O jogo de ontem à noite, no entanto, ultrapassou qualquer limite. Com um a mais desde os 29 minutos do primeiro tempo, o Atlético não criou absolutamente NADA. Foi uma aula do que não fazer em vantagem numérica, com direito a diversas faltinhas ao redor da área, mal aproveitadas pelo Palestra paulista.

Era possível ver, em algumas oportunidades, quatro jogadores atrás da linha da bola no momento da transição ofensiva. Com um jogador a mais! Em um movimento óbvio para quem precisava de criatividade, Nacho entrou no jogo, mas buscava a bola nos pés de Allan, ao invés de ocupar espaços nas costas dos meias palmeirenses. Mariano, um dos piores da noite, deu passes em espaços que não eram ocupados por nenhum dos seus companheiros. Enfim, zero jogo coletivo.

As chances começaram a aparecer, mesmo, após a expulsão de Gustavo Scarpa. Natural, nem que fosse no abafa. Mas em nenhum momento o time de Cuca jogou o suficiente para se classificar. 

O Palmeiras fez o que pôde. Se defendeu arduamente e tentou algumas estocadas, chegando a criar uma grande chance com Zé Rafael. Nos pênaltis, pesou a inexperiência de Rubens, o único a perder uma cobrança.

A atuação ridícula desta quarta-feira “coroa” uma temporada desastrosa do Atlético. Cuca, que chegou como o salvador da pátria que ele mesmo abandonou, também não pode ser eximido da culpa. A diretoria pecou ao escolher Antonio Mohamed e ao mantê-lo por tanto tempo. Alguns jogadores, como Hulk, Vargas e Arana, esqueceram como jogar bola.

Resta, agora, garantir uma vaga na Libertadores do ano que vem. Missão que, pelo nível do elenco atleticano, parece simples, mas não é. O Brasileirão 2022 se apresenta bem mais difícil em relação ao ano passado. Cumprindo o tímido objetivo, será necessário pensar 2023, cujo nome a ser tentado para o cargo de treinador é óbvio. Mas este é um tema para outro texto.

Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.

O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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