É tradição desse grupo, na Bahia, com fortes vínculos ao Partido dos Trabalhadores (PT), manifestações e invasões de sítios e fazendas como forma de pressionar para a realização da reforma agrária.
Diante dessa possibilidade, cerca de 800 proprietários de terra se preparam para evitar as invasões em suas propriedades, contando com o apoio das prefeituras e sindicatos rurais.
Informações do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), só neste ano ocorreram 16 invasões de terra no país, sendo que dez delas foram na Bahia.
Durante o governo Bolsonaro aconteceram 24 invasões de terras. Já nos dois governos de Lula, foram mais de 2 mil invasões.
Para conter essa investida, os ruralistas prometem ficar vigilantes e garantem que o ato é uma reação ao governo Lula.
Luiz Uaquim, fazendeiro e organizador da resistência, em entrevista à CNN, disse que, em face de o PT governar o estado da Bahia por 16 anos, tornou-se um solo fértil para esse grupo.
“A mudança de governo na esfera federal trouxe de volta uma política, apoiada pelo PT, das invasões de terra. Está proibida a utilização de armas e não atuaremos para alimentar conflitos”. Uaquim conclui: “Se eles entrarem na fazenda com cem pessoas, nós apertamos o botão do grupo e vamos para lá com mil pessoas. Apostamos na pressão política”.