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Acuado, Vetão se defende de acusação e define nova data de eleição

Câmara de Itabira: empréstimo de R$ 99 milhões foi levado para votação após parecer jurídico

O atual presidente da Câmara, Weverton Vetão, ao lado da vereadora Rose Félix. Foto: Gustavo Linhares/DeFato

Pressionado por diversos vereadores, o presidente da Câmara Municipal de Itabira, Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB), definiu uma nova data para a eleição da presidência da Câmara nesta sexta-feira (25). Antes previsto para a noite de hoje, o encontro ocorrerá na próxima segunda-feira (28), às 10h. Além disso, o pessebista também se defendeu das acusações feitas contra ele e a Prefeitura de Itabira.

Documento confirmando nova data da eleição para a presidência da Câmara.

Inicialmente, o pleito que definiria o novo presidente da Câmara e demais componentes da mesa seria realizado na manhã de hoje. Porém, ontem à noite (24), uma portaria divulgada por Vetão havia transferido a eleição para a próxima terça-feira (29), sem maiores justificativas. Além da arbitrariedade da medida, nove vereadores apontaram duas situações gravíssimas em meio a todo esse caos: uma indetificação eletrônica da portaria oriunda do gabinete do prefeito Marco Antônio Lage (PSB) e a numeração do documento, semelhante a outra divulgada há quatorze dias, sobre um tema totalmente diferente.

Definição de horário

Mais cedo, Vetão afirmou que a polêmica eleição poderia ser realizada ainda hoje, faltando apenas um consenso sobre o horário. Para o parlamentar, já havia uma maioria favorável à data.

“Ainda não temos o horário, mas preciso fazer essa conversa, foi o que arguimos aqui. Vou chamar os outros vereadores, a gente vai sentar e vamos definir para que a eleição aconteça ainda hoje. Levando em consideração que aqui já tem a maioria, aqui já tem o presidente, então não há condições da gente ficar postergando. Sempre respeitei muito os vereadores, o regimento interno, e não seria agora, no término do nosso mandato, que a gente iria passar por cima disso”, disse.

O presidente da Câmara acrescentou, ainda, que não há nenhuma “maculação” em todo o processo. “Entendo que nosso anúncio não foi intempestivo, embora os vereadores tenham arguido aqui, e são questionamentos louváveis. Mas no nosso entendimento não há maculação neste ato”, completou.

“A questão da numeração repetida é um erro informal, isso a gente analisa dentro do setor jurídico e não há problema algum. Em questão do ofício sair do gabinete, como que o ofício saiu do gabinete? Eu não vou discutir essa questão”.

Mesmo diante da portaria que contém a identificação eletrônica da coordenadora do gabinete do prefeito, Dulce Citi Oliveira, Vetão negou o fato. Ele ainda aconselhou a aqueles que apontarem alguma irregularidade, que procurem o Judiciário.

“Não existe assinatura de Dulce Citi. O que eu quero passar para vocês aqui é esse informe, que iremos convocar os demais vereadores para sairmos com um horário definido. Se qualquer um achar que houve qualquer irregularidade, que vá ao judiciário e apresente isso. Eu vejo que o cancelamento não teve nenhum problema jurídico”, concluiu.

Entenda o caso

Na noite de quinta-feira (24), o presidente da Casa, Weverton Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB), divulgou uma portaria cancelando o pleito que estava agendado para a manhã desta sexta-feira (25) e transferindo para a terça-feira (29), sem dar explicações para isso. A manobra gerou revolta em um grupo de nove vereadores — principalmente pela suspeita de uma interferência direta do prefeito Marco Antônio Lage (PSB) no processo eleitoral do Legislativo.

Como protesto, os nove parlamentares compareceram à Câmara na manhã de hoje para cobrar a realização da eleição ainda nesta sexta-feira. Esse grupo é formado pelos opositores Heraldo Noronha Rodrigues (PTB), Luciano Gonçalves dos Reis “Sobrinho” (MDB), Neidson Dias Fretias (MDB), Rosilene Félix Guimarães (MDB) e Sidney Marques Vitalino Guimarães “do Salão” (PTB) — e reforçado pelos situacionistas Júlio César de Araújo “Contador” (PTB), Roberto Fernandes Carlos de Araújo “da Autoescola” (MDB), Rodrigo Alexandre Assis Silva “Diguerê” (PTB) e Sebastião Ferreira Leite “Tãozinho” (Patriota).

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