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Advogado afirma que investigações na Itaurb atingirão o “alto escalão político” de Itabira

Itaurb

Advogado do ex-funcionário da Itaurb, Samuel Ferreira, responsável por apresentar denúncias contra a empresa responsável pela limpeza urbana de Itabira, Paulo Camilo acredita que o inquérito da Polícia Civil, aberto em julho, será arrastado. E mais: ele atingirá nomes importantes da política itabirana. As declarações foram dadas em entrevista exclusiva à DeFato Online.

Segundo o advogado, há indícios de inúmeras irregularidades na gestão Amilson Nunes, alvo da investigação, como peculato e a realização de obras sem licitação.

“Como advogado, eu vejo com naturalidade o procedimento. Mas como cidadão e eleitor, não vou entrar muito a fundo nas informações do inquérito, mas a situação é alarmante. Porque há indícios, e isso é o inquérito que vai apurar e confirmar, de obras sem licitação, de crime de responsabilidade, de peculato. Então é uma situação delicada e complicada, sim”.

Paulo também prevê um inquérito longo e complexo, por todos os elementos coletados por seu cliente. Além disso, o advogado garante que figuras importantes da política de Itabira estão envolvidas no caso. 

“Não vai ser algo rápido, até pela quantidade de provas e indícios de irregularidades. Como a gente conhece o judiciário brasileiro e como funcionam as coisas na política, entendo que isso irá se arrastar durante um tempo. E, com certeza, vão envolver várias pessoas, posso até adiantar que (pessoas) do alto escalão da política da cidade”.

Pessoas da gestão Marco Antônio Lage? O advogado é contundente. “Tratam-se de irregularidades em uma pasta no qual é um cargo comissionado, de indicação e confiança do Marco Antônio. Então acredito que sim”, finaliza Paulo.

O ex-presidente da Itaurb, Amilson Nunes. Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

 

Procurado pela reportagem da DeFato, Amilson Nunes optou por não dar nenhuma declaração sobre o caso. O espaço segue aberto para eventuais posicionamentos do ex-diretor-presidente da Itaurb.

Relembre

Após o ex-gerente de transportes e coleta da Itaurb, Samuel Ferreira, apresentar inúmeras denúncias contra o então diretor-presidente da empresa, Amilson Nunes, na Câmara de Itabira, a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso.

As acusações contra Amilson são diversas, e vão desde a assinatura de orçamentos e notas fiscais da Itaurb em seu próprio nome à execução de um serviço na ETA Pureza, em parceria com o Saae, que não está previsto no contrato firmado entre ambos.

Uma semana após a publicação das denúncias, Amilson foi exonerado do cargo pelo prefeito Marco Antônio Lage (PSB). No entanto, pouco mais de um mês depois, o caso segue sem respostas.

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