O Aeroporto Internacional de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, acumula diversas reclamações no âmbito trabalhista. Uma fiscalização deflagrada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE/MG) entre março e julho deste ano identificou 241 autos de infração em 19 empresas.
A operação, conhecida como Voo Seguro, detectou assédio moral organizacional e problemas com as normas de saúde e segurança. O aeroporto de Confins é administrado pela empresa BHAirport.
Durante a fiscalização, a SRTE/MG encontrou diversos problemas incluindo bebedouros com problemas no jato de água, processos de carga e descarga realizados com pernas fletidas ou ajoelhadas no porão, funcionários encontrados trabalhando em pé e com torção de tronco, além de uso de força e pressão temporal.
Além disso, os trabalhadores também foram vistos em situações adversas como calor, ruído, chuva e radiação não ionizante. Outro ponto também alertou os fiscais durante a operação: os funcionários tinham pouco tempo de descanso e poucos bancos e lugares para sentar.
A inspeção também detectou que muitos cargos nestas condições não estavam recebendo o pagamento adicional de periculosidade.
Assédio moral identificado
Segundo a inspeção do trabalho, o assédio moral constatado no Aeroporto de Confins é o que acontece de forma organizacional, quando a violência é realizada por meios institucionais em práticas e políticas organizacionais.
Pode levar um indivíduo a desenvolver graves doenças físicas e psíquicas se as humilhações no dia a dia de trabalho não forem coibidas.