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Aglomeração e produtos vencidos: Prefeitura de Itabira interdita Barril Beer

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Foto: DeFato

Devido o aumento dos casos de Covid-19 nas últimas semanas, a Prefeitura de Itabira realizou na noite desta sexta-feira (27) mais uma fiscalização em bares da cidade. O Barril Beer, localizado na avenida Mauro Ribeiro, na Esplanada da Estação, foi interditado por 60 dias para que regularizem a documentação e as medidas de prevenção à Covid-19.

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De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Robson Costa de Souza “Robinho”, a operação foi empenhada pelo Setor de Fiscalização de Posturas, Vigilância Sanitária, Transita e Polícia Militar.

“Temos que tomar atitudes drásticas, senão não teremos leitos para as pessoas. A operação começou depois da meia noite. O bar não tinha alvará de funcionamento, permissão para shows e não cumpria nenhuma regra para prevenção da Covid-19. As pessoas estavam sem máscaras, não tinha nada que indicasse quais cuidados deveriam ser tomados para prevenção da pandemia”, ponderou Robinho. 

O secretário de Desenvolvimento Urbano informou ainda que, durante a fiscalização, foram encontrados produtos sem data de validade informada e mal acondicionados. Em nota enviada à DeFato, o Barril Beer informou que ao autorizar a fiscalização, o responsável pela Vigilância Sanitária retirou carnes do freezer e as colocou no chão. 

“Disseram que não tínhamos nota. Em seguida, apresentamos todas as notas e perguntamos sobre as carnes que eles estavam desperdiçando. Não responderam. Mais uma vez sofremos com o abuso de autoridade. Um dos policiais disse que o fiscal estava fazendo o trabalho dele, mas nem precisamos dizer que o trabalho dele não é jogar alimento regular no chão. Não havia nenhum produto mal acondicionado. Alguns estavam sem etiquetas. Porém, foi permitido que fossem colocadas nas que tinham notas”, declarou o estabelecimento. 

A secretária municipal de Saúde, Rosana Linhares Assis Figueiredo, também comentou sobre o ocorrido. “Era o tempo para organizar os alimentos e retirá-los do local. Não jogamos no chão o que é útil. Não é esse o sentido da fiscalização”, afirmou. 

“Os fiscais têm que recolher isso. Eles não jogaram nada no chão. A gente não faz isso. A gente recolhe, tira de onde está para descartar. A Vigilância fez o trabalho dela, conferiu tudo. O que estava fora do padrão foi recolhido, o que estava de acordo ficou”, rebateu Robinho.

Robinho frisou ainda que o Barril Beer é reincidente na realização de festas com aglomeração de pessoas durante a pandemia de Covid-19. Ainda de acordo com o secretário, os fiscais relataram excesso de bebida alcoólica entre os clientes. Na noite de ontem (27), antes da fiscalização, uma briga terminou com uma mulher ferida por golpes de garrafa.

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“Eles já tinham sido avisados, a fiscalização já havia passado por lá antes. Ontem (28), a fiscalização não foi só lá. Fomos em outros bares no Campestre e Bela Vista. Conversamos onde havia aglomerações e, nesses outros lugares, não foi preciso interditar. O que a Prefeitura quer é preservar a vida”, ressaltou o secretário municipal. 

Confira na íntegra a nota enviada pelo Barril Beer à DeFato:

“140 dias impedidos de funcionar, sem qualquer apoio financeiro ou político.
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40 dias correndo atrás de cestas básicas e serviços para garçons, técnicos de som, músicos e seguranças.
140 dias sem ter serviço para mais de 140 colaboradores diretos.
140 dias sem trabalhar! 140!
O número é tão repetitivo que parece até propaganda política.
Mas a política acabou e com a fase final alcançamos o maior pico de infecção da cidade. 

E sabe de quem é a culpa agora? Dos estabelecimentos de entretenimento centrais, “alvo fácil”! Fazem vista grossa em filas diárias nos bancos, ônibus lotados, todas cadeiras ao público liberadas na seção de atendimento da Prefeitura, comércios fazendo black friday ontem sem nenhuma intervenção da Prefeitura, ignorando o programa minas consciente que diz: “não promover atividades promocionais”.

Paramos de permitir a fiscalização depois de autuações indevidas, abuso de autoridade e combinados que não eram cumpridos.

Ficamos calados! Mas ontem passaram dos limites! Nesse período parado chegamos a ouvir amigos dizer que não tinham o que comer. Ontem (28), ao autorizar a fiscalização, o responsável pela Vigilância Sanitária retirou carnes de nosso freezer e jogou no chão, pois disse que não tínhamos nota. Em seguida, apresentamos todas as notas e perguntamos sobre as carnes que eles estavam desperdiçando. Não respondeu.

Mais uma vez sofremos com abuso de autoridade. Um dos policiais disse que o fiscal estava fazendo o trabalho dele, mas nem precisamos dizer que o trabalho dele não é jogar alimento regular no chão! 

Daqui pra frente passaremos a desprezar qualquer atitude da fiscalização da Vigilância Sanitária e Setor de Posturas, mesmo com apoio da Polícia Militar. Isso até que a Prefeitura repudie publicamente e puna a ação abusiva de ontem. 

Quanto a briga, a equipe de segurança responsável interviu assim que foi percebida a confusão. Impedindo que a agressão chegasse a uma situação ainda pior e prestando os primeiros socorros.

Quanto a aglomeração no local, seguimos dentro dos “combinados” e aguardamos reunião com o secretário do setor responsável a fim de prestar qualquer esclarecimento.

Itabira, 28 de novembro de 2020
Grupo Cabral

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