Além do tempo seco, com a umidade relativa do ar abaixo dos 30%, e do calor, Minas Gerais sofre também com os incêndios florestais registrados em várias regiões do estado. Segundo o Corpo de Bombeiros, só nas últimas 24 horas (das 17h de ontem até as 17h desta terça-feira), a corporação recebeu 424 acionamentos relacionados a incêndio.
Em agosto, Minas Gerais bateu um recorde preocupante: registrou 5.984 incêndios em vegetação no estado, é o maior número desde 2020, segundo levantamento enviado pelo Corpo de Bombeiros ao portal DeFato. Em segundo lugar, fica agosto de 2021, com 5.432 incêndios.
Até esta terça-feira (3), Minas já registrou 20.521 incêndios em 2024, superando os números de 2023 (17.135), 2022 (19.350), e 2020 (18.643), ficando atrás apenas de 2021, quando o número foi de 24.288.
Atualmente, o Corpo de Bombeiros atua em nove Incêndios Florestais em Unidade de Conservação Estadual em território mineiro. A corporação conta ainda com o auxílio do Instituto Estadual de Florestas e de brigadistas nas operações de combate às chamas.
Céu acinzentado
Além do fogo em várias regiões do estado, Minas também sofre com a falta de chuva. Belo Horizonte, que não tem chuva há 133 dias, amanheceu nesta terça-feira (3) com o céu cinza. Isso acontece porque as partículas tóxicas dos incêndios ficam suspensas no ar, mesmo depois que o fogo é combatido.
O fator do grande volume de chamas junto com a ausência da chuva pode fazer com que esse horizonte cinza permaneça na capital mineira por alguns dias. O mesmo acontece em Itabira, que também é cercada por incêndios e sofre com o mesmo problema da falta de chuva, enfrentando um céu acinzentado nesta terça-feira.