Se por um lado a abertura do 49º Festival de Inverno de Itabira teve reclamações sobre grandes filas, dificuldade de acesso à área do show e falta de banheiros químicos. Por outro lado, não faltaram elogios para a apresentação da grande estrela da noite: a sambista Alcione. Uma multidão foi à Praça do Areão e se emocionou com a performance de um dos ícones da música brasileira. Em entrevista coletiva à imprensa, a cantora falou sobre se apresentar em terras itabiranas: “agradeço muito estar em Itabira, terra do poeta Carlos Drummond de Andrade, em que a gente sabe que está pisando nesse solo sagrado, estou muito feliz de estar aqui com vocês”.
Questionada sobre o que ela julga importante dar como exemplo para os artistas itabiranos, Alcione foi categórica em destacar a responsabilidade no trato com o público e a importância de fazer o trabalho com alegria. “Tenho certeza que os artistas itabiranos já tem muitos bons exemplos na vida. Mas eu quero dizer mais uma coisa: é que nós artistas precisamos ter responsabilidade, precisamos ter essa vibração junto a eles [público]. É isso que a gente faz. Faça o seu trabalho com alegria e alegria”, disse.
A artista também comentou sobre seus 50 anos de carreira. “Eu eu sinto uma gratidão enorme a Deus, isso é coisa de Deus. Ele, esse senhor, é que faz essas coisas pra gente. Então eu tenho muito mais pra agradecer do que pra pedir. Sempre agradeço todos os dias pelo fato dele ter me colocado nessa terra pra cantar”, ponderou.
É claro que a artista não deixou de abordar alguns dos sucessos que marcaram a sua trajetória na música brasileira. “Essa música [“Você me vira a Cabeça (Me Tira do Sério)”] foi um achado na minha vida. Tem algumas músicas que chegam na vida do artista, tipo “A Loba”, essa daí [“Você me vira a Cabeça”] e tantas outras. Quando eu vi essa música pela primeira vez [pensei] ‘eu vou é rachar esse país no meio com ela'”, declarou.