Senadores da oposição decidiram, nesta quarta-feira (14), se unir para coleta assinaturas na tentativa de um pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O pedido deverá ser apresentado no dia 9 de setembro ao senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, que decide ou não se leva à frente o andamento do processo, que vai contar também com a assinatura de cidadãos comuns.
No dia 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil, e quando se encerra a coleta das assinaturas, devem ocorrer atos cívicos nas principais capitais do país contra o magistrado.
A iniciativa se deve ao senador Eduardo Girão (Novo-CE), logo após o jornal Folha de São Paulo publicar matéria em que registra conversas entre o gabinete do ministro Moraes e assessores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinando a produção de relatórios pela Justiça eleitoral que pudessem incrementar e incriminar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito das fake news, que tramita na Corte, durante e depois das eleições de 2022.
Os líderes de oposição preferem ganhar tempo na coleta das assinaturas, acreditando que novas revelações contra o magistrado ainda possam surgir e encorpar as denúncias contra ele.
Esses mesmos líderes pretendem ter uma conversa com Rodrigo Pacheco para o possível avanço da petição.
O senador Flávio Bolsonaro acredita que “dessa vez, o presidente do Senado não tem outra opção, senão aceitar o processo”.
“Presidente Pacheco tem que ter uma posição institucional, sempre de equilíbrio. Mas se ele quer defender a democracia, acredito que ele tem elementos mais que suficientes para iniciar um processo de impeachment aqui”.
Na terça-feira (13), dia da publicação reveladora do Folha de São Paulo, o ministro Alexandre de Moraes emitiu uma nota enviada pela assessoria de imprensa do STF, afirmando que os procedimentos adotados foram “oficiais e regulares” e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
* Fonte: O Tempo