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Aliados de Lula temem fortalecimento da direita depois de atentado contra Trump

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A esquerda aliada do presidente Luiz Inácio lula da Silva (PT) teme que o atentado sofrido por Donald Trump, no sábado (13), possa reforçar o discurso de que há perseguição contra a direita no mundo e, em específico, fortalecer o apoio a Bolsonaro, vítima de atentado na campanha presidencial de 2018.

Governistas temem, também, que o fato possa aumentar a pressão sobre Joe Biden e, com isso, aumente a possibilidade de vitória do candidato republicano nas eleições nos Estados Unidos.

Lula já havia manifestado apoio a Biden, em junho, quando disse que “se o adversário vencer, a gente não tem noção do que ele vai fazer”.

Os ataques sofridos por Bolsonaro e Trump já foram replicados nas redes sociais, pelo próprio ex-presidente brasileiro e seus aliados, seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Michelle Bolsonaro, ex-primeira dama, postou fotos do marido, vítima de facada e de Donald Trump, com o rosto em sangue.

Bolsonaro postou: “Atentados são contra as pessoas de bem e conservadores”. No sábado, o ex-presidente, logo após o crime, chamou Trump de líder mundial e afirmou que o veria na posse.

No entanto, essa promessa pode não ser cumprida. Bolsonaro está com o passaporte retido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um aliado de Lula afirma que “ainda é difícil medir o impacto do episódio americano”, lembrando que “a esquerda e o centro se uniram e derrotaram a ultradireita nas eleições legislativa da França”.

O senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT, acredita que o episódio não deve alterar a participação de Lula na campanha desse ano, mas demonstra preocupação com a segurança, e admite que Lula estará presente na convenção eleitoral que vai oficializar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy (PT) à prefeitura de São Paulo, no próximo sábado (20).

Ciro Nogueira, senador e ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, não acredita que o atentado possa ter influência nas eleições de outubro, assim como Valdemar da Costa Neto, presidente do PL nacional, que afirmou que o atentado pode ter influência nos Estados Unidos, por causa da “revolta dos eleitores de lá”.

O senador Flávio Bolsonaro postou em sua rede social: “líderes de direita são vítimas de atentados contra suas vidas, por motivos políticos. Além do discurso de ódio, a esquerda pratica o ódio. Fato! Assim como @jairbolsonaro no Brasil, tentaram matar @realDonaldTrump porque ele já está eleito. Se Deus quiser, ambos ainda vão colaborar muito com seus países!”.

Fonte: FolhaPress

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