A Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba (Amepi) emitiu uma nota oficial nesta quarta-feira (12) expressando “sua profunda preocupação” com a economia da região diante do cancelamento da expansão da Usina de João Monlevade por parte da ArcelorMittal, a suspensão da Mina de Água Limpa em Rio Piracicaba e a decisão dos Estados Unidos da América (EUA) pela taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio – que afeta o Brasil diretamente.
No texto, Augusto Henrique, presidente da Amepi e prefeito de Rio Piracicaba, afirma que as medidas impactarão em cheio as cidades da região, provocando queda de receitas, impostos e diminuição de postos de trabalho – prejudicando o desenvolvimento regional.
Desta forma, o presidente da entidade pede “ação estratégica para garantir um futuro sustentável e próspero para nossos municípios”, reafirmando que existe uma necessidade urgente de se trabalhar em prol da diversificação econômica e do desenvolvimento estratégico para o crescimento regional.
“Precisamos pensar juntos em novas alternativas e novas frentes econômicas, investindo em setores como tecnologia, turismo, agronegócio, educação e novas cadeias industriais que reduzam a nossa dependência da mineração e da siderurgia. Esse desafio se torna ainda mais urgente, exigindo uma luta contra o tempo”, diz trecho do texto.
O comunicado da Amepi elenca Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo como exemplos de municípios da região que vem implementando estratégias de diversificação e superação da dependência minerária. “No entanto, esse processo precisa ser acelerado e expandido para toda a região, garantindo um futuro mais resiliente para as próximas gerações”.
Desta forma, Amepi está “conclamando” a união de forças entre prefeitos, empresários, lideranças comunitárias, governo do Estado, entidades como a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), a Associação Mineira de Municípios (AMM), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), além de Associações Comerciais, para discutir caminhos concretos para essa renovação econômica.
“Somente com planejamento, inovação e colaboração conseguiremos construir uma nova base econômica para garantir emprego, renda e desenvolvimento para toda a população do Médio Piracicaba. O desafio é grande e de médio e longo prazo. Portanto, é hora de agir para promover uma pauta de desenvolvimento e de diversificação econômica não só para o futuro, mas também para já. Não há tempo a perder. Vamos juntos, vamos de mãos dadas, como conclamou o poeta Carlos Drummond de Andrade”, finaliza o texto.
Confira a nota na íntegra
“A Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba (Amepi) vem a público expressar sua profunda preocupação diante de recentes acontecimentos que impactam diretamente a economia de nossa região: o cancelamento da expansão da Usina de João Monlevade, a suspensão da Mina de Água Limpa e a decisão dos Estados Unidos da América (EUA) de taxar o aço brasileiro em 25%, o que impacta diretamente a economia regional. Como prefeito, sei que essas medidas impactam as receitas municipais, provocando a queda de receitas, impostos, além da diminuição de postos de trabalho. Isso prejudica e muito o desenvolvimento dos municípios.
Vale lembrar que Minas Gerais é o maior produtor de aço bruto do país e nossa região tem grandes empresas do ramo, como a gigante ArcelorMittal, que exporta aço produzido em Monlevade para o país norte-americano.
Nossa região tem, historicamente, sua base econômica na mineração e na siderurgia. No entanto, a mesma história nos ensina que, depender unicamente de um setor produtivo, é correr riscos de enfrentar períodos de instabilidade quando esse setor entra em dificuldades.
O momento exige reflexão e, acima de tudo, ação estratégica para garantir um futuro sustentável e próspero para nossos municípios. Diante desse cenário, reforçamos a necessidade urgente de trabalharmos em prol da diversificação econômica e de desenvolver uma estratégia sólida para o crescimento regional.
Precisamos pensar juntos em novas alternativas e novas frentes econômicas, investindo em setores como tecnologia, turismo, agronegócio, educação e novas cadeias industriais que reduzam a nossa dependência da mineração e da siderurgia. Esse desafio se torna ainda mais urgente, exigindo uma luta contra o tempo.
Algumas cidades da região, como Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo, vêm adotando estratégias para diversificar suas economias e reduzir a dependência da mineração. No entanto, esse processo precisa ser acelerado e expandido para toda a região, garantindo um futuro mais resiliente para as próximas gerações.
A Amepi conclama a união de forças entre prefeitos, empresários, lideranças comunitárias, governo do Estado, entidades como a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), a Associação Mineira de Municípios (AMM), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), além de Associações Comerciais, para discutir caminhos concretos para essa renovação econômica.
Somente com planejamento, inovação e colaboração conseguiremos construir uma nova base econômica para garantir emprego, renda e desenvolvimento para toda a população do Médio Piracicaba. O desafio é grande e de médio e longo prazo. Portanto, é hora de agir para promover uma pauta de desenvolvimento e de diversificação econômica não só para o futuro, mas também para já. Não há tempo a perder. Vamos juntos, vamos de mãos dadas, como conclamou o poeta Carlos Drummond de Andrade”.