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Ampari Itabira completa 12 anos em dezembro, conheça a história da ONG de proteção animal

Foto: Divulgação - Ampari

Foto: Divulgação - Ampari

A Associação de Moradores Protetores de Animais da Região de Itabira (Ampari) foi fundada em dezembro de 2012. Desde então, a ONG desenvolve um trabalho contínuo de proteção animal em toda a região. Em quase 12 anos de história, a Ampari já realizou mutirões de castração, participou na aprovação de três leis municipais, esteve presente em seminários sobre educação ambiental e realizou projetos de extensão em parceria com as instituições de ensino superior do município, além de auxiliar no resgate e adoção de animais abandonados. Em contrapartida às ações realizadas, a associação encontra inúmeras dificuldades, como a falta de recursos financeiros e a dificuldade em conscientizar a população sobre o abandono de animais.

Como a ONG surgiu

Kelley de Pinho Generoso, mais conhecida como Kellinha, é médica veterinária e uma das fundadoras da Ampari. Ela conta que, em dezembro de 2012, estava analisando a possibilidade de montar uma ONG em parceria com algumas amigas. Foi então que elas se juntaram com outro grupo de pessoas que compartilhavam o mesmo interesse. Em pouco tempo, a associação já havia resgatado mais de 50 animais. Infelizmente, o grupo começou a ficar sobrecarregado e viu que não era suficiente apenas resgatar os animais; a causa animal exigiria um trabalho de aprendizado sobre legislações e capacitações para tratar o problema como um todo.

“Resgatar nunca seria e nunca será suficiente, pois não resolve a causa. Buscamos estudar todas as legislações pertinentes, participar de inúmeras capacitações, principalmente as ofertadas pela UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais], e assim mantemos até hoje uma ótima relação com dezenas de lideranças da causa animal de MG e SP”, explica.

Sobre as dificuldades

Atualmente, a Ampari está com uma dívida alta. Todo o custo de manutenção com os cães resgatados é oneroso. Entretanto, a maior dificuldade enfrentada pela ONG ainda são os abandonos que persistem; conscientizar a população sobre a adoção responsável tem sido uma tarefa árdua para os protetores.

“As pessoas não se planejam para ter um animal. Não dimensionam os custos, as responsabilidades, o espaço, as mudanças na vida e simplesmente descartam os animais. O papel de uma ONG não é assumir os animais de quem não os quer mais, e sim guiar todos para as condutas de prevenção para não chegar a esse ponto,” explica Kellinha.

A Ampari está participando do edital Chamada dos Bichos, que é uma iniciativa do Ministério Público.

“A Chamada dos Bichos vem como um suporte, mas devemos lembrar que isso é temporário. Nossa expectativa é ter esse suspiro para ter condições de estruturar projetos futuros,” acrescenta.

Kelley de Pinho também destacou a importância de desenvolver capacitações direcionadas aos gestores públicos, escolas e igrejas com o intuito de ensinar o papel de cada um na proteção dos animais, para que a sociedade possa trabalhar em equipe.

Doações

A ONG passa por uma situação financeira crítica, com uma dívida que soma quase 60 mil reais. Doações podem ser feitas através da chave PIX: ampariitabira@gmail.com. Caso alguém queira doar insumos como ração, medicamentos ou materiais em geral para auxiliar no cuidado dos animais, pode procurar diretamente a instituição através do Instagram:@amparitabira.

Sobre o Edital Chamada dos Bichos

Foi lançada no dia 15 de outubro a Chamada dos Bichos – Comarca Itabira, um projeto inovador que busca apoiar protetores independentes e organizações que atuam na causa animal nos municípios de Itabira, Santa Maria de Itabira, Passabém e Itambé do Mato Dentro. A iniciativa tem como objetivo principal promover o bem-estar animal por meio da doação de insumos e produtos essenciais para o trabalho diário de quem cuida dos animais.

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