Uma notícia divulgada na última sexta-feira (4) deixou boa parte dos moradores de Santa Bárbara apreensivos. Segundo uma reportagem do Estado de Minas, a “Pilha do Sapê”, controlada pela empresa AngloGold Ashanti e pertencente à unidade Córrego do Sítio I, está sob risco de rompimento. Caso ocorresse, diz a matéria, o acidente poderia causar estragos semelhantes aos da tragédia de Brumadinho e cortar o abastecimento de mais de 25 mil pessoas.
Procurada pela reportagem, a empresa mineradora descartou a hipótese. A Anglo afirmou que a pilha de rejeitos faz parte de uma série de obras realizadas em estruturas internas da unidade e, por conta das chuvas, sofreu um processo de erosão. No entanto, não houve nenhum impacto em comunidades ou cursos hídricos próximos à região.
“A erosão permaneceu totalmente na área da empresa sem impactos aos cursos hídricos da região e às comunidades próximas. A estrutura contém material classificado como não-perigoso, de acordo com a norma técnica brasileira. O local, inclusive, recebeu nesta semana vistoria do Governo do Estado, por meio do órgão ambiental”, diz.
A mesma reportagem do Estado de Minas diz que trabalhadores foram evacuados às pressas do local devido ao risco. A empresa confirma que os trabalhadores foram retirados da unidade, mas alega que o grupo foi realocado de forma planejada para facilitar o andamento das obras iniciadas no dia 10 de janeiro.
Por fim, a AngloGold, dona de duas unidades em Santa Bárbara, diz que a pilha não possui nenhuma relação com as suas atuais barragens, classificadas como “estáveis e seguras” pela companhia.
Também pedimos um posicionamento à Prefeitura de Santa Bárbara, mas não obtivemos retorno até a publicação da matéria. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos do município.
Confira, logo abaixo, a íntegra da nota enviada pela AngloGold Ashanti à reportagem da DeFato Online.
“Estão sendo veiculadas na imprensa e nas redes sociais informações incorretas sobre a pilha de rejeito da unidade Córrego do Sítio I, em Santa Bárbara (MG). A AngloGold Ashanti esclarece que, devido a impactos das fortes chuvas do início de mês de janeiro, está realizando uma série de obras em estruturas internas da unidade, como vias internas, acessos e, entre elas, uma pilha de deposição de rejeito a seco.
Esta pilha sofreu um processo de erosão, que está controlado e não apresenta risco iminente. A erosão permaneceu totalmente na área da empresa sem impactos aos cursos hídricos da região e às comunidades próximas. A estrutura contém material classificado como não-perigoso, de acordo com a norma técnica brasileira. O local, inclusive, recebeu nesta semana vistoria do Governo do Estado, por meio do órgão ambiental.
Desde o dia 10 de janeiro, técnicos e engenheiros da companhia atuam na área com maquinário para as obras de reparo. Também de forma preventiva, para que as obras sejam feitas com o máximo de segurança e agilidade, neste período, algumas estruturas e empregados foram deslocados temporariamente já há mais de 10 dias.
A AngloGold Ashanti também reforça que a pilha não tem qualquer relação com suas barragens, que continuam totalmente estáveis e seguras.
Em caso de dúvidas, a empresa permanece sempre à disposição da comunidade pelo nosso canal de relacionamento: 0800 72 71 500.”