O grupo hacker Anonymous declarou em rede social, na quinta-feira (24), que está “oficialmente em guerra cibernética contra o governo russo“. Cerca de 30 minutos depois, o coletivo anunciou que derrubaram o site do canal de RT News, rede de televisão estatal da Rússia — que voltou ao ar ao meio dia de sexta-feira (25) — e que as forças armadas russas estavam preparando um bombardeamento em grande escala em Kiev, capital da Ucrânia.
Ainda na quinta-feira, o grupo retornou para as redes para afirmar que derrubaram um segundo site russo: do Ministério da Defesa, que ainda permanece fora do ar.
Os impactos da “guerra cibernética” passaram a ser comparados com as consequências das guerras tradicionais com o avanço da tecnologia, uma vez que os conflitos virtuais podem afetar diretamente empresas estatais e privadas com roubos de dados e até mesmo perda de dinheiro.
Fora do ar
O site do governo russo (http://en.kremlin.ru/) continua fora do ar. Ao acessar o portal consta uma mensagem de que “não é possível acessar” o link. Outros sites do governo, como o do Ministério da Agricultura do país, funcionam normalmente.
Ataques cibernéticos e dificuldades de acesso à internet preocupam os países do Leste Europeu em meio ao acirramento do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O Anonymous é um coletivo descentralizado que se formou em 2003 que é conhecido por usarem a máscara do soldado britânico que inspirou o protagonista de “V de Vingança”. Guiado pelo hackativismo, eles entendem a ação hacker como uma forma de ativismo político e social. Depois de um hiato, o grupo voltou à ativa com a divulgação uma suposta ação judicial contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusado por estupro e abuso sexual.