Após as agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal serem interditadas preventivamente, a Prefeitura de Itabira informou à imprensa na tarde desta quinta-feira (15) que está atuando para auxiliar as instituições financeiras a encontrarem alternativas para retomar o atendimento aos clientes.
A interdição dos prédios ocorreu após a constatação de riscos estruturais provocados por uma obra em fase de desaterro na avenida Daniel Jardim de Grisolia, no Centro da cidade. As movimentações no terreno particular foram interditadas pela Defesa Civil em 4 de janeiro e, desde então, estão paralisadas.
No caso do Banco do Brasil, os entendimentos entre as partes já estão adiantados e a expectativa é de que a instituição utilize a estrutura da Casa da Cidadania, na praça Acrísio Alvarenga: ‘‘A medida deverá ser anunciada nos próximos dias, com detalhes sobre a nova dinâmica sendo informados pelo banco’’, destacou a gestão municipal.
No caso da Caixa Econômica Federal, representantes do município se reuniram hoje com a direção da instituição para também colaborar com a retomada do atendimento: ‘‘Foram sugeridas opções de imóveis que agora serão analisadas pela Caixa Econômica Federal’’, informa a Prefeitura.
‘‘Apesar de o atendimento aos clientes ser uma responsabilidade das agências bancárias, a Prefeitura se colocou à disposição para auxiliar a população prejudicada pela ausência dos serviços presenciais. Ao mesmo tempo, o município reforça seu compromisso com a segurança dos cidadãos. A Defesa Civil cumpriu e continuará cumprindo rigorosamente com seu dever de prevenção. Todas as medidas cabíveis já estão sendo adotadas para resguardar o município de eventuais prejuízos, responsabilizar culpados e para garantir a segurança estrutural naquela região tão logo haja condições favoráveis para as intervenções necessárias’’, completou a nota da prefeitura.
Relembre
No dia 29 de janeiro, um parecer apresentado pelo Banco do Brasil, assinado pela empresa BRG Engenharia, recomendou a desocupação do prédio “para minimizar a ocorrência de carregamentos estáticos e dinâmicos sobre as estruturas de contenção, até que seja possível garantir a estabilidade do maciço”.
A interdição foi comunicada aos clientes apenas por cartazes afixados na porta de entrada da unidade, onde também foram colocadas faixas “zebradas” indicando que o acesso ao local está vedado. Segundo relatos, não foi utilizado nenhum outro meio de comunicação, como contatos telefônicos ou mensagens de WhatsApp, para informar sobre a situação.
Nos cartazes, o Banco do Brasil informa que “esta agência se encontra com o atendimento interrompido” e orienta que os pontos de atendimento mais próximos estão em Santa Maria de Itabira, Nova Era e João Monlevade.
Interdição da Caixa
Com base no mesmo laudo da BRG Engenharia, no último dia 5 de fevereiro, a Defesa Civil recomendou que a Caixa Econômica Federal interrompesse o atendimento aos clientes, visto que o prédio do Banco do Brasil está em um nível logo acima. Em 4 de janeiro, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Itabira havia interditado temporariamente parte da agência, onde estão instalados os caixas eletrônicos da unidade.
Segundo Nilma Macieira de Castro, coordenadora da Defesa Civil de Itabira, ‘‘existe um comprometimento na rede de esgoto ou pluvial, que ainda não foi identificado, causando refluxo’’ no piso do prédio.
Em comunicado afixado ontem (14) na porta da agência, o banco informava que o funcionamento do local estava completamente interrompido. Clientes foram orientados pela Caixa a realizarem os serviços bancários pela internet ou destinarem para agências em João Monlevade, Nova Era ou São Gonçalo do Rio Abaixo.