Uma equipe do Governo Municipal esteve na noite de sexta-feira (23) no 26º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais (26º BPMMG), junto com moradores do Residencial Barreiro, para ouvir as demandas da comunidade. Devido à um problema estrutural, que já vem de alguns anos, os moradores sofrem com a falta do abastecimento de água — inclusive, promoveram um protesto que fechou a MGC-129 pouco antes do encontro.
De acordo com a comunicação da Prefeitura de Itabira, assessor de Gestão e Projetos Gabriel Quintão e o chefe de Gabinete Alfredo Lage conversaram com os moradores a fim de resolver o problema que, ao que tudo indica, não é tão simples. Também participaram do encontro os gerentes operacional e finaceiro do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira, Júlio Ismael e Luciano Moreira. Os técnicos explicaram a situação e garantiram que estão monitorando o fato.
A Prefeitura de Itabira ressalta que Gabriel Quintão já esteve no local para entender o problema, em janeiro deste ano. O Saae explicou na época que a rede de distribuição de água atendia perfeitamente aos moradores do Barreiro. No entanto, com a ocupação dos 144 apartamentos de um condomínio, a estrutura não consegue suprir a demanda. Ainda de acordo com a autarquia, houve um erro no planejamento da infraestrutura do empreendimento, inaugurado em 2019. Ele contou ainda que sem a construção de uma nova rede, o problema acontecerá novamente.
Em nota, a Prefeitura ressaltou que todos os esforços estão voltados para o correto abastecimento de água de qualidade no Barreiro e em outros pontos críticos da cidade. Desde o último encontro, com Gabriel Quintão e representantes da autarquia, em fevereiro deste ano, o Saae está trabalhando em um diagnóstico completo da situação, com o objetivo de apresentar as causas e soluções para o problema. Uma nova reunião para apresentar tais dados já foi marcada com os moradores do condomínio.
Entenda
Na noite de sexta-feira, moradores do bairro Barreiro fecharam a MGC-129, trecho de acesso a Belo Horizonte e Nova Era, em protesto à recorrente falta de água na região. Foram utilizados pedaços de madeira, móveis velhos e folhas para criar uma barreira, na qual colocaram fogo, impedindo o trânsito na rodovia.
Em contato com a reportagem da DeFato, uma moradora do Barreiro relatou que a comunidade convive com a recorrente falta de água há cerca de dois anos, mas que durante este mês de abril as torneiras estiveram vazias em praticamente todos os dias.