A psoríase é uma doença genética, crônica e não contagiosa que acomete pessoas de qualquer idade, mas principalmente entre os 20 e 40 anos. Atinge cerca de 190 milhões de pessoas no mundo (2% a 3% da população) e aproximadamente três milhões no Brasil.
Apesar de não ser contagiosa, é uma doença inflamatória, sistêmica, intermitente, que pode se apresentar de forma
leve até casos extensos com comprometimento articular, síndrome metabólica e eventos cardiovasculares graves. A psoríase pode afetar a autoestima e a qualidade de vida do paciente em suas atividades diárias, indo muito além da questão estética da pele.
O gatilho inicial é multifatorial, sendo necessário vários fatores atuando em conjunto para deflagrar ou agravar a doença, como exemplo, a exposição ao frio, o etilismo, o tabagismo, a obesidade, o stress e uso de medicamentos como lítio, anti-inflamatórios não esteroidais, beta bloqueadores, corticoides (retirada abrupta), entre outros.
No último Consenso Brasileiro de Psoríase, realizado em 2020, para a introdução do tratamento sistêmico, foi levado em conta além da área corpórea acometida e índice PASI / DLQI, o acometimento de áreas específicas acometidas como couro cabeludo, região palmo plantar, unhas e mucosas, e a falha a terapias tópicas.
Hoje, contamos com medicamentos com ação cada vez mais específica, mais cômodos para administrar e com menos
efeitos colaterais. Porém, não existe um tratamento que leve a melhora total da doença em todos os pacientes e sua escolha depende de fatores como: gravidade da doença, idade e sexo do paciente, localização das lesões, entre outros. E sendo necessário a análise de cada caso para essa decisão.
A visita ao dermatologista é fundamental para um diagnóstico precoce e um melhor controle da doença, garantindo assim, menor número de crises com a melhora na qualidade de vida.
Dr. Ricardo de Alencar Resende é dermatologista. CRM/MG 26.647 / RQE 49336
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