As notícias sobre novas variantes da Covid-19 correram o mundo na mesma velocidade que as informações sobre a
contaminação do novo Coronavírus, no início da pandemia. As estatísticas estão menos letais atualmente, já que as
organizações de saúde encontraram a melhor forma de neutralizar e controlar a propagação do vírus e de suas mutações.
Depois do aparecimento das linhagens do Sars-Cov-2 – denominadas alfa, beta, gama e delta, no início de 2022,
esperava-se o fim da pandemia. Com isso, veio o natural relaxamento das práticas de prevenção à Covid-19. Nessa
ocasião, a variante Ômicron foi identificada em pelo menos 171 países e, em pouco tempo, se espalhou por todos os
cantos do planeta.
Segundo pesquisadores e especialistas em saúde, essa variante já apresenta transmutações, que aumentam ainda
mais o seu poder de infecção. Essa característica faz com que o vírus consiga, parcialmente, fugir às respostas de imunidade dos organismos devidamente vacinados ou infectados pelo Coronavírus.
Por isso, recomendam-se doses de reforço das vacinas contra a Covid-19. É necessário que todos mantenham o esquema vacinal em dia. Esse comportamento minimiza o aparecimento de novas mutações do vírus. Além disso, é importante usar máscaras, evitar aglomerações, higienizar as mãos e garantir ventilação em espaços internos. O distanciamento físico continua sendo fundamental para reduzir a transmissão da doença.
A confirmação de contaminação pelo Sars-Cov-2 pode ser realizada por meio de teste molecular padrão ouro ou outro ensaio de diagnóstico. A biologia molecular responsável pelas análises da genética tem sido a grande aliada para detectar novas variantes. Foi através desta tecnologia que descobriu-se a Ômicron.
Portanto, além de manter em dia o plano de vacinação, é imprescindível que as pessoas e empresas permaneçam com o sistema de testagem em caso de sintomas percebidos, de acordo com protocolos e orientações da OMS. Prevenção, testagem e vacinação: estes são os caminhos para a queda de casos e, consequentemente, de mortes por Covid-19.
Aulísia Maria Vieira Duarte é especialista em Microbiologia e Hematologia Laboratorial, Mestre em Imunologia Clínica. CRF: 6-9535
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