Site icon DeFato Online

Ataque do Irã contra Israel aumenta a tensão no Oriente Médio

Foto: Reprodução/CNN Internacional

O Irã começou um ataque contra Israel no começo da noite desta terça-feira (1). Horas depois, os Estados Unidos confirmaram a ofensiva. Desde o início da investida, 200 mísseis foram lançados em direção ao Estado judeu. As autoridades iranianas informaram que os ataques eram uma retaliação ao assassinato de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, pelos israelenses.

No portão de Jaffa, na Cidade Velha, o correspondente do jornal Folha de São Paulo testemunhou várias explosões no céu de Jerusalém, situação incomum ao longo da guerra. Meia hora depois, milhares de pessoas correram pelas ruas. Os mísseis foram interceptados pelo Domo de Ferro, o sistema de defesa antiaérea de Israel.

Explosões ocorreram também no vale do rio Jordão. Os jornalistas da agência Reuters presenciaram a interceptação de mísseis no espaço aéreo da Jordânia. 

No início da madrugada, um porta-voz do governo judeu garantiu que o ataque havia terminado e que já era possível deixar os abrigos.

A Guarda Revolucionária iraniana alertou para uma resposta “mais esmagadora e arrasadora” caso Israel continuasse com a invasão no sul do Líbano. “Se o regime sionista reagir às operações iranianas, enfrentará ataques devastadores”, declarou uma fonte do exército iraniano em um pronunciamento divulgado pela agência de notícias Fars.

O principal porta-voz das Forças de Defesa de Israel, almirante Daniel Hagari, declarou que Israel revidará. “Estamos em alerta máximo, na defesa e na ofensiva, para protegermos os cidadãos de Israel. Este ataque terá consequências. Temos planos e agiremos no tempo e no lugar que escolhermos”, disse à imprensa local.

Antunes Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, alertou para a “ampliação do conflito no Oriente Médio, com escalada após escalada.” Isso precisa parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, assinalou.

O presidente americano Joe Biden fez um pronunciamento sobre o aumento da tensão no Oriente Médio por meio da rede social X, logo após reunião com a vice-presidente e candidata democrata, Kamala Harris e o grupo de segurança nacional da Casa Branca. “Discutimos como os EUA  ajudarão Israel a se defender contra esses ataques e proteger funcionários Americanos na região”, afirmou Biden.

Teerã, em abril, revidou a um ataque israelense contra a embaixada iraniana em Damasco iniciando, pela primeira vez na história, uma ação militar contra o Estado judeu. Em torno de 300 projéteis foram disparados em direção a Tel Aviv e outras cidades. A maioria foi abatida.

“Já lidamos com isso no passado”, disse Hagari. “O ataque pode envolver mísseis balísticos, que viajam muitas vezes acima da velocidade do som, para complicar sua intercepção.  Eles chegam aos alvos em pouco mais de dez minutos. Na ação de abril, foram empregados mais drones e modelos de cruzeiros, todos subsônicos”, explicou o militar judeu.

A escalada do conflito é um desdobramento do ataque do Hamas a Israel há quase um ano. Além da guerra em Gaza, que era governada desde 2007 pelos terroristas palestinos, Israel voltou suas baterias nas duas últimas semanas contra os libaneses.

Matou Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah e dezenas de outros comandantes. Na noite de segunda (30), iniciou incursões terrestres no sul do Líbano. Essa iniciativa fez com que 60 mil pessoas deixassem a região.

* Fonte: Folha de São Paulo

Exit mobile version