Sérgio Coelho, presidente do Atlético-MG, revelou dias atrás que o caminho para livrar o clube das dívidas e de uma possível quebra era se tornar Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Com endividamento na casa dos R$ 1,3 bilhão, uma reunião na quarta-feira (7) à noite autorizou a equipe mineira a aderir nova lei para se preparar para vender parte de suas ações a um novo mandatário.
“Em reunião realizada ontem, quarta-feira, 7 de setembro, o órgão colegiado do Atlético, formado pelo presidente Sérgio Coelho, o vice-presidente José Murilo Procópio e os 4 Rs, aprovou a adesão à Lei 14.193/21, para transformar o Galo em SAF”, informou o clube. “A decisão do colegiado será submetida ao Conselho Deliberativo do Clube em novembro próximo. Inicialmente, as cotas pertencerão, em sua totalidade (100%), ao Clube Atlético Mineiro”.
De acordo com Sérgio Coelho, o Atlético-MG não vai negociar mais de 51% de suas ações para as empresas interessadas. “Dentro de campo está difícil, vocês não imaginam fora de campo, em relação às finanças do clube. Nós temos o maior endividamento do futebol brasileiro”, admitiu o dirigente, antes mesmo de a reunião da SAF ocorrer.
Cruzeiro, Vasco e Botafogo são outros clubes grandes do País que já adotaram a Sociedade Anônima do Futebol e tentam se reerguer no cenário nacional e eliminar as dívidas da maneira mais rápida possível. O Atlético-MG prepara o terreno desde o fim de 2021.
“A medida visa preparar a instituição para eventual entrada de investidor, já que o processo de troca de informações com os mesmos está em andamento. Eventual entrada de investidor e alienação de parte das cotas só ocorrem se – e quando – aprovadas pelo Conselho, em nova votação”, finalizou o clube.