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Atualização: caminhoneiros fecham rodovias em 18 estados

Atualização: caminhoneiros fecham rodovias em 18 estados

Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Os caminhoneiros seguem protestando contra o resultado das eleições 2022. Pouco tempo depois de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser anunciado como novo presidente do Brasil, integrantes da classe foram para as estradas. Segundo a última atualização divulgada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), até as 15h desta segunda-feira (31), havia 87 protestos em 14 estados.

Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins, Amazonas, Acre, Roraima e Maranhão sofrem com as paralisações.

Durante o começo da manifestação, muitos dos bloqueios era total, sem que qualquer veículo fosse liberado para passar. No entanto, houve locais onde veículos como ambulância ou carros de passeio foram liberados. A maior parte das estradas onde houve bloqueios é federal, mas também aconteceram atos em rodovias estaduais. Via de regra, os caminhoneiros estão parando apenas os colegas de profissão.

Confira imagens de algumas das interdições no país, na galeria no final dessa matéria!

Sul do país

Os primeiros protestos a serem notificados foram os que aconteceram nas estradas de Santa Catarina. Os caminhoneiros paralisaram a BR-101, ainda na noite de domingo (30). A Arteris Litoral Sul, que administra a via, contabiliza quatro pontos de interdição devido às manifestações, tanto no sentido Curitiba quanto no sentido Porto Alegre. Em vídeo, um manifestante afirmou que aguarda “o Exército tomar o país”.

Ao menos 27 trechos de rodovias em Santa Catarina tem registro de bloqueios. Houve trechos com queima de pneus e também com areia jogada na rodovia.

Por volta das 13h40, o Paraná tinha pontos de bloqueio em rodovias federais e estaduais por conta de manifestações. Em Maringá, no norte do estado, o protesto bloqueou trecho da BR-376. Segundo a Polícia Militar (PM), papelão e pneus foram queimados para fazer o bloqueio.

Já no Rio Grande do Sul cerca de 13 rodovias federais e estaduais foram fechadas desde o começo da manhã: na ERS-122 e nas BRs 285 e 116 há dois bloqueis em cada; e na ERS-463 e as BRs 470, 158 e 153 tem um ponto de bloqueio em cada.

Sudeste

A Via Dutra foi fechada em um ponto da estrada em Barra Mansa, no início da madrugada desta segunda (31). A estrada, que é a principal ligação rodoviária entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo, está totalmente bloqueada nos dois sentidos. O grupo de caminhoneiros aguarda o pronunciamento do Bolsonaro para desfazer o bloqueio. Desde que o resultado das eleições foi divulgado, o atual presidente não se manifestou.

A rodovia Assis Chateaubriand (SP-425), em Penápolis, foi parcialmente bloqueada por caminhoneiros e agropecuários durante a manhã de hoje (31). O movimento ocorre de forma pacífica. Uma fila de caminhões, tratores e demais veículos se formou no local. Uma bandeira do Brasil foi colocada no suporte de um munk, que ficou parado dentro de uma rotatória. Apesar da concentração, a passagem está liberada e só estaria parando quem concorda com a manifestação.

Na BR-153, em São José do Rio Preto, manifestantes queimaram pneus na altura do quilômetro 51, provocando congestionamento nos dois sentidos da pista atingindo quem tentava chegar a Penápolis, Birigui, Itapetininga, Ourinhos e Sorocaba. O protesto iniciou por volta das 6h e, poucas horas depois, os participantes liberaram a rodovia. Algumas pessoas permanecem pacíficas no local.

Por volta das 13h, a Rodovia Anhanguera tinha um ponto de bloqueio em Limeira. Manifestantes usavam tratores e caminhões para bloquear a pista.

No Espírito Santo, pelo menos um trecho da BR-101 no município de Itapemirim teve bloqueio. O ato começou às 10h10, mas, segundo a PRF, o trânsito já fluía normalmente às 10h45 e os manifestantes distribuíam panfletos.

Em Minas Gerais, os principais pontos de manifestação são a BR-381, em Ipatinga; Na Fernão Dias, em Pouso Alegre; no entroncamento das BRs 262 e 116, em Manhuaçu e Realeza; e na BR 040.

Centro-oeste

Em Goiás, oito trechos de estradas foram fechados pelos protestos. Em alguns pontos, somente ambulâncias estavam sendo liberadas. No início da manhã, as interdições ocorriam nos seguintes pontos: no km 101 da BR-060 (bloqueio total), em Anápolis; km 703 da BR-153, em Itumbiara (interdição parcial); km 19 da BR-040, em Luziânia; km 94 da BR-040, em Cristalina; km 196 da BR-364, em Jataí.

Em Mato Grosso, a concessionária que administra a BR-163 informou que havia bloqueios na rodovia em trechos nos municípios de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Cuiabá e Várzea Grande. Em Rondonópolis, a informação era que a rodovia já havia sido liberada.

Os caminhoneiros fechavam a BR-153 em Paraíso do Tocantins, na região central do estado. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou que havia à tarde uma interdição total da rodovia na região.

Na tarde desta segunda, manifestantes bloquearam a rodovia BR-251, próximo a São Sebastião. Segundo PRF, a pista foi interditada nos dois sentidos. O grupo colocou fogo em pneus para impedir a passagem dos veículos.

Nordeste

Na Bahia, o bloqueio foi na BR-020, na altura de Luís Eduardo Magalhães, cidade do oeste do estado. Os manifestantes bloquearam a rodovia e colocaram fogo em pneus.

Um grupo de 20 pessoas faz manifestação na BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O ato ocorre no quilômetro 83 da rodovia, no sentido Cabo de Santo Agostinho. Por volta das 17h40, uma faixa foi interditada, causando engarrafamento de cinco quilômetros. Entretanto, os veículos seguem passando.

Norte

No Pará, duas rodovias federais tiveram manifestações por caminhoneiros em diferentes cidades. Os bloqueios são nas BRs 010 e 163. Ao menos seis trechos da BR-364 e um da BR-421 foram bloqueados em Rondônia.

Amazonas tem pontos de interdição em protestos nesta segunda. Um dos bloqueios acontece na BR-174, rodovia que liga Manaus, capital do Amazonas, a Boa Vista, capital de Roraima. Também há relatos de interdições na BR-230, conhecida como Transamazônica.

O que diz a PRF

A PRF afirmou, por meio de nota, que “segue atenta, monitorando todas as ocorrências e com efetivo empregado na tarefa de garantir fluxo viário normal a todos os cidadãos”. O órgão afirmou que a lista com todos os pontos pode ser acompanhada nos perfis do Twitter de cada regional.

Também garantiu que que vai acionar a Justiça para conseguir a liberação de vias bloqueadas por caminhoneiros. A Advocacia-Geral da União (AGU), que representa órgãos do governo em ações judiciais, já apresentou os pedidos à Justiça Federal.

A corporação afirma ainda que, “adotou todas providências para o retorno da normalidade do fluxo, direcionando equipes para os locais e iniciando o processo de negociação para liberação das rodovias priorizando o diálogo, para garantir, além do trânsito livre e seguro, o direito de manifestação dos cidadãos”.

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