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Audiência com a Vale em Barão termina e só um pedido é atendido: o pagamento de um salário para moradores das áreas evacuadas – VEJA VÍDEOS

Promotores voltam a se reunir com a Vale no dia 2 de agosto

A audiência de conciliação entre a Vale, o Ministério Público e a Prefeitura de Barão de Cocais realizada na manhã desta sexta-feira (28), no Fórum do município, chegou ao fim com apenas uma das reivindicações atendida: o pagamento de até um salário mínimo mensal por parte da mineradora aos evacuados das zonas de autossalvamento (ZAS).

Ao todo são 457 pessoas de Socorro, Vila do Gongo, Tabuleiro e Piteiras. Em um prazo de 30 dias, a mineradora terá de pagar R$ 998 por adulto. Os adolescentes de 12 a 18 anos terão direito a R$ 500 e as crianças, a 25% do salário mínimo. O valor será pago durante 12 meses a partir da data de evacuação das comunidades, em 8 de fevereiro.

Os cinco meses retroativos serão depositados também dentro de um mês. A notícia foi dada aos cocaienses que aguardavam em frente ao fórum pela moradora da área evacuada de Socorro, Isabel Cristina Batista (vídeo acima), logo após ao fim da reunião. Ela participou da audiência como uma das representantes da população. 

De acordo com o promotor André Sperlinng (vídeo acima), a Vale se negou a ampliar o repasse aos moradores das áreas secundárias de risco. “A Vale negou em caráter emergencial o pagamento da renda mínima aos ribeirinhos, inclusive àqueles que se encontram fora de suas casas”, disse. A mineradora também negou a contratação de assessoria técnica independente para os moradores. 

Uma outra audiência de conciliação está marcada para o dia 2 de agosto e os promotores pretendem insistir no reconhecimento dos ribeirinhos como parte afetada pelo risco iminente de rompimento da barragem em caráter emergencial. A nova promotora do município, Isadora de Castro ( vídeo abaixo), pediu a confiança do Ministério Público no caso.

 

Risco iminente 

A barragem Sul Superior da mina de Gongo Soco, sob responsabilidade da Vale, soou o seu alarme em 8 de fevereiro, colocando a segurança da estrutura em nível 2. Por precaução, os moradores das chamadas zonas de autossalvamento (ZAS) foram retirados de suas casas e levados para hotéis na região, posteriormente, foram transferidos para residências alugadas. 

Em 22 de março. a sirene voltou a soar no local, elevando o nível de segurança para 3, com risco iminente de rompimento. Desde então, os cocaienses vivem a angústia e o receio de colapso da barragem de rejeitos, que levaria uma hora e 12 minutos para chegar ao perímetro urbano, chamado de área secundária de risco.

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