Um grupo chamado “Direita Minas Itabira” organiza uma manifestação a favor de Jair Bolsonaro na cidade. O grupo agendou um ato para o dia 23 de janeiro, às 18h, para inaugurar um outdoor em homenagem ao pré-candidato do PSL à Presidência da República. O painel será colocado na avenida Mauro Ribeiro, no bairro Esplanada da Estação, segundo os organizadores.
A imagem com um convite ao ato é compartilhada nas redes sociais. Na data, o grupo também irá pôr adesivos com propagadas do deputado em carros de apoiadores.
O Direta Minas Itabira tem, no Facebook, mais de 5 mil curtidas. Na página, o grupo vende camisetas em homenagem a Bolsonaro, e compartilha ideias contra o que considera “inversão de valores”.
Militar da reserva, Bolsonaro exerce seu sétimo mandato de deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. Nos últimos anos se filiou ao Partido Social Cristão (PSC), mas entrou em conflito com a liderança do partido. Agora, está em sintonia com o Partido Social Liberal (PSL).
Declarado candidato à presidência, o ex-militar ganhou atenção por seus discursos populistas e falas conservadoras contra Direitos Humanos e movimentos sociais, com ataques à comunidade LGBT e ao movimento feminista, por exemplo.
Em 2016, durante a votação do processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Bolsonaro exaltou a ditadura militar e a memória do coronel Carlos Brilhante Ustra, que foi chefe do DOI-Codi em São Paulo, local onde diversos presos políticos foram torturados.
Também viralizou na Internet uma palestra do deputado no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, na qual fez comentários ofensivos à população negra e aos membros de comunidades quilombolas. Bolsonaro disse, à época, que visitou uma comunidade quilombola e que e “o afrodescendente mais leve lá pesava 7 arrobas”. Sobre a visita, ele disse ainda: “Não fazem nada, eu acho que nem para procriar servem mais”.
No fim de 2017, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, por unanimidade, decisão da primeira instância que condenou Bolsonaro a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais à deputada Maria do Rosário (PT-RS). Ele disse, em 2014, que Maria do Rosário não “mereceria” ser estuprada.
O populismo de Bolsonaro ganha força. Embora prematuras, pesquisas de intenção de voto colocam o parlamentar na segunda posição, depois do ex-presidente Lula, do PT, à presidência do País. Nas redes sociais, a popularidade do deputado está na frente: tem mais de 4,7 milhões de seguidores no Facebook, enquanto Lula, tem 3 milhões.