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Banco Central dá sinais de possível flexibilização das taxas de juros a partir de agosto

Como a educação financeira evita armadilhas nos pequenos negócios

Foto: Agência Brasil

Economistas veem uma discreta sinalização da diretoria do Banco Central para redução da taxa de juros, quem sabe, a partir de agosto, segundo a ata da reunião de junho, divulgado nesta terça-feira (27).

Segundo o que acreditam os economistas, mesmo com as ressalvas de que essa decisão depende do contínuo bom resultado da economia do país, as esperanças são renovadas a partir da Ata do Copom (Comitê de Política Monetária) de que o ciclo de flexibilização possa voltar a ocorrer a partir de agosto.

Na análise da XP Investimentos, um dos pontos da ata que indicam essa disposição está presente nos parágrafos onde se menciona a “avaliação predominante para a realização, na próxima reunião do comitê, de um parcimonioso processo de inflexão, apesar dos alertas de alguns membros do risco de uma flexibilização prematura”.

A XP também comenta que o Copom pareceu menos preocupado com o atual ambiente doméstico, com a dinâmica do mercado e mostrando certa resiliência, apesar de que a taxa de participação do trabalho tenha tido uma queda.

Para os economistas da XP, a Ata sinaliza a possibilidade de um afrouxamento gradual na política monetária daqui para a frente, considerando a possibilidade de, talvez, um corte de 0,25 ponto percentual (pp) a partir de agosto, seguido de corte de até 0,50 pp.

Para André Nunes, economista-chefe do Sicredi, a Ata do Copom trouxe sinais mais claros dos próximos passos da política monetária em relação ao comunicado da última quarta-feira (21).

Rafaela Vitória, economista-chefe do banco Inter concorda com a leitura do André Nunes e acredita que a sinalização do Comitê foi mais “suave” e indica uma posição predominante da possibilidade de corte já na próxima reunião. “Isso considerando o atual cenário de queda da inflação e queda das expectativas”.

Por fim, Rafaela ressalta: “A Ata sugere um recado implícito para o CMN (Conselho Monetário Nacional), que define a meta essa semana: reancorar expectativas é fundamental para a credibilidade da política monetária. Expectativas desancoradas são um entrave para a queda da taxa de juros, na visão do Copom. Mantemos nosso call de corte de 25 pontos-base na próxima reunião, seguido de corte de 50 bps até o final do ano”, estima.

Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research, viu no texto da Ata o reconhecimento dos membros do Copom da melhora do cenário inflacionário.

Gustavo ressalta, ainda, que “se a inflação continuar melhorando, as expectativas continuarem caindo, se não houver modificação das metas, se o arcabouço fiscal for aprovado sem grandes mudanças que flexibilizem a regra, é possível o BC enxergar uma janela de oportunidade para a queda da Selic”.

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