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Barão de Cocais promove atos contra a Vale na noite desta quinta

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A noite de quinta-feira (27) em Barão de Cocais será marcada por atos contra a mineradora Vale. O município vive há meses sob a angústia do risco de rompimento da barragem de rejeitos. A comissão dos ribeirinhos realizará uma assembleia geral às 18h30, no Salão Paroquial do Santuário de São João Batista com o objetivo de levantar os danos e os direitos da população.
Logo após acontece na Praça Nossa Senhora Aparecida, no Centro, a manifestação “Todos juntos por Barão”. O movimento tem o apoio da prefeitura e visa cobrar da mineradora ações mais efetivas em relação aos moradores afetados pelo risco iminente de rompimento da barragem sob responsabilidade da Vale.

SEM RESPOSTAS

A comissão de ribeirinhos de Barão de Cocais oficializou um documento com 14 reivindicações a fim de resguardar os direitos e a segurança dos moradores das áreas secundárias de risco, mas ainda não recebeu um posicionamento da Vale sobre a situação. As solicitações têm caráter emergencial e foram apresentadas à empresa no dia 3 deste mês.
O grupo é composto por cocaienses que estão dentro da mancha de inundação em um possível rompimento da barragem Sul Superior na Mina de Gongo Soco. Um dos membros da comissão, o morador do bairro Vila São Geraldo, Maxwell Andrade, ressaltou a importância de uma resposta da mineradora à população. “Entregamos esse documento no dia 3 e ainda não tivemos respostas. Levei um ofício solicitando uma data de resposta, até agora nada”, disse.
Maxwell também comentou sobre a luta da comissão para que os moradores da cidade sejam ouvidos e tenham seus direitos garantidos. “São pessoas que lutam pelo conquista de direitos de forma coletiva, ou seja, o que buscamos pra uma pessoa, buscamos para todos os atingidos da área secundária”, finalizou.

Confira o documento e as reivindicações colocadas pelos ribeirinhos à Vale:

RISCO DE ROMPIMENTO

A barragem Sul Superior da mina de Gongo Soco, sob responsabilidade da Vale, soou o seu alarme em 8 de fevereiro, colocando a segurança da estrutura em nível 2. Por precaução, os moradores das chamadas zonas de autossalvamento (ZAS): Tabuleiro, Piteiras, Vila do Gongo e Socorro foram retirados de suas casas e levados para hotéis na região.

Em 22 de março a sirene voltou a soar no local, elevando o nível de segurança para 3, com risco iminente de rompimento. Desde então, os cocaienses vivem a angústia e o receio de colapso da barragem de rejeitos, que levaria uma hora e 12 minutos para chegar ao perímetro urbano, chamado de área secundária de risco.

No dia 16 de maio, a mineradora informou ao Ministério Público de Minas Gerais sobre o deslizamento significativo de um talude na cava da mina de Gongo Soco. O receio era de que a queda do talude causasse um abalo sísmico e provocasse a ruptura da barragem. A Vale previa a queda da estrutura até o dia 25 daquele mês. No último dia de maio (31), uma porção equivalente a 1% do paredão se desprendeu e acomodou no fundo da cava.

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