Barão de Cocais realiza primeira audiência com a Vale nesta sexta-feira
Barão de Cocais amanhece tensa nesta sexta-feira (28). Acontece às 8h00, no fórum da cidade, uma audiência de conciliação entre Ministério Público, Defensoria Pública, município e a Vale. A reunião discute ações que a mineradora deverá tomar em relação a comunidade afetada pelo risco iminente de rompimento da barragem Sul Superior, na mina de Gongo […]
Barão de Cocais amanhece tensa nesta sexta-feira (28). Acontece às 8h00, no fórum da cidade, uma audiência de conciliação entre Ministério Público, Defensoria Pública, município e a Vale. A reunião discute ações que a mineradora deverá tomar em relação a comunidade afetada pelo risco iminente de rompimento da barragem Sul Superior, na mina de Gongo Soco
Dentre a pauta que será apresentada pelo MP estão: o pagamento de R$ 300 mil para moradores dos distritos de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila do Gongo, além do pagamento de R$ 100 mil para os habitantes de regiões consideradas secundárias de risco na cidade.
A reunião deverá acontecer a portas fechadas, com a presença de juízes, promotores e representantes da mineradora.
Durante a assembleia geral dos ribeirinhos, realizada na quinta-feira (26), o prefeito Décio Geraldo dos Santos fez um apelo aos cocaienses de que todos se reúnam em frente ao fórum para demonstrar força. A prefeitura decretou horário especial de funcionamento para que os trabalhadores possam participar.
Relembre o caso
A barragem Sul Superior da mina de Gongo Soco, sob responsabilidade da Vale, soou o seu alarme em 8 de fevereiro, colocando a segurança da estrutura em nível 2. Por precaução, os moradores das chamadas zonas de autossalvamento (ZAS): Tabuleiro, Piteiras, Vila do Gongo e Socorro foram retirados de suas casas e levados para hotéis na região.
Em 22 de março a sirene voltou a soar no local, elevando o nível de segurança para 3, com risco iminente de rompimento. Desde então, os cocaienses vivem a angústia e o receio de colapso da barragem de rejeitos, que levaria uma hora e 12 minutos para chegar ao perímetro urbano, chamado de área secundária de risco.
No dia 16 de maio, a mineradora informou ao Ministério Público de Minas Gerais sobre o deslizamento significativo de um talude na cava da mina de Gongo Soco. O receio era de que a queda do talude causasse um abalo sísmico e provocasse a ruptura da barragem. A Vale previa a queda da estrutura até o dia 25 daquele mês. No último dia de maio (31), uma porção equivalente a 1% do paredão se desprendeu e acomodou no fundo da cava.