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Barão discute impactos na cidade após acionamentos de sirenes da Vale

Uma audiência pública marcada para esta quinta-feira (31), às 18h, na Escola Municipal Nossa Senhora do Rosário, em Barão de Cocais, planeja levantar a discussão sobre os impactos e as perspectivas de futuro no município, após os acionamentos de sirene na mina de Gongo Soco. O alerta instalado próximo à barragem Sul Superior, sob responsabilidade da Vale, soou nos dias 8 de fevereiro e 22 de março, elevando a estrutura de rejeitos, inicialmente para nível 2 e, depois, para 3, com risco iminente de rompimento.

A reunião aberta que tem como tema “Depois do toque das sirenes: qual Barão de Cocais construiremos?” foi divulgada pela prefeitura da cidade. Segundo o secretário de comunicação do município, Marden Chaves, a ideia do encontro é repassar informações à comunidade e coletar dúvidas.

“O intuito neste primeiro momento é a apresentação dos impactos, um levantamento das respostas que foram dadas até o momento e as que não foram ainda. Abrir espaço para questionamentos do público presente e, a partir disso, construir algo que norteie o futuro do município”, explicou o secretário.

Relembre

A sirene da mina tocou no dia 8 de fevereiro, retirando cerca de 400 moradores das comunidades de Socorro, Piteiras, Tabuleiro e Vila do Gongo de suas casas. Em 22 de março, a sirene tocou pela segunda vez em Gongo Soco, elevando a barragem para nível 3, com risco iminente de rompimento. No dia 14 de maio, a Vale informou ao Ministério Público sobre a instabilidade de um talude localizado na cava da mina, há 1,5 km da barragem. O receio era de que a queda do paredão pudesse ocasionar um abalo que desencadeasse o rompimento da represa de rejeitos.

Diante da situação, a mineradora adotou diversas medidas com o intuito de minimizar os danos na cidade caso a barragem se rompesse. Foram depositados ao longo do rio São João diversos blocos de granito, telas de barramento e escavações ao longo do leito para formar bolsões que depositassem rejeitos. Essas medidas, no entanto, não evitariam a chegada da lama a Barão. A solução apontada é uma contenção em concreto, que já está em construção, com 36,5 metros de altura, 5 metros de fundação e 13 metros de espessura, com cerca de 300 metros de extensão.

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