A cadeira da promotoria de Barão de Cocais está mais uma vez vazia. A promotora Isadora de Castro Silva, que assumiu o cargo no dia 18 de junho, não responde mais pela comarca. A razão é porque dois meses após sua entrada no Ministério Público da cidade, Isadora foi aprovada no concurso do Tribunal de Justiça como juíza substituta. Sua posse aconteceu na última quinta-feira (29), em Belo Horizonte.
Antes de Isadora, quem ocupava a função era o promotor Cláudio Fonseca. Mas o representante recebeu uma promoção por antiguidade dos serviços e foi transferido para Mariana. Na época, Cláudio encabeçava uma ação contra a Vale pelos danos causados aos cocaienses com o risco iminente de rompimento da barragem Sul Superior, da Mina de Gongo Soco.
O MPMG, até o momento, não se posicionou quanto ao novo representante do setor. No entanto, a promotoria de Barão de Cocais vem acompanhando de perto a situação e os direitos da população atingida pela possibilidade de colapso da estrutura de rejeitos.
Dentre as ações solicitadas pelos promotores à Justiça estão:
-O pagamento de um salário mínimo a cada morador de Barão de Cocais.
-Pagamento de R$ 300 mil para moradores dos distritos de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila do Gongo.
– Por fim, o pagamento de R$ 100 mil para os habitantes de regiões consideradas secundárias de risco na cidade.
Desde o dia 22 de março a estrutura de rejeitos se encontra em nível máximo de alerta. Posteriormente, em maio, a Vale informou ao MP sobre a movimentação de um talude na Cava Norte, que poderia vir abaixo entre os dias 19 e 25 daquele mês.
Apenas uma pequena porção do paredão cedeu e se acomodou no fundo da cava no dia 31. Mas a queda não causou danos ao redor.