A nossa conversa hoje é sobre unhas. Você sabia que as unhas fracas acometem até 20% da população, principalmente mulheres? Para a maior parte dos pacientes o incômodo é sobretudo estético, mas muitos também queixam de dor, além de dificuldades nas atividades diárias e laborais. As suas causas ainda não foram totalmente esclarecidas, mas acredita-se que a síndrome das unhas frágeis tenha origem tanto física ou traumática quanto vascular.
Sua unha é formada essencialmente de queratina e aproximadamente 10% de água. Estas características refletem um equilíbrio entre força e flexibilidade. Uma vez que este equilíbrio se desfaz, a consistência da unha se altera, levando à fragilidade. Além disso, a capacidade da unha de reter líquido é pequena, o que a torna mais suscetível à desidratação e aos danos mecânicos.
Clinicamente, a síndrome das unhas frágeis se apresenta como: unhas quebradiças, com onicosquizia (descamação em camadas) e onicorrexe (alteração da espessura da unha e, tipicamente, fragmentação triangular da borda livre).
Às vezes, sem nem perceber, agredimos nossas unhas com a exposição a agentes químicos (detergentes, solventes…), fungos e traumas repetitivos (por exemplo a digitação) podem interferir na adesão das células da lâmina ungueal, iniciando a fragilidade das unhas. Outra causa frequente é o uso de removedores de esmalte a base de acetona, que ressecam ainda mais as unhas. Um detalhe importante: estes fatores atuam de maneira cumulativa, ou seja: quanto maior for a exposição ao longo do tempo, maiores as alterações ungueais.
Doenças sistêmicas também refletem na saúde das unhas, por interferir na formação da matriz ungueal. Por exemplo: hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes, gestação, bulimia, anorexia, doenças circulatórias, anemia, doenças agudas, deficiências de vitaminas, minerais e ferro. Também é avaliar a existência concomitante de outras doenças dermatológicas como alopecia areata, psoríase e líquen plano.
Para fazer estes diagnósticos diferenciais é muito importante a consulta médica, para correta avaliação e, quando necessário, exames complementares. A base do tratamento consiste em evitar traumas e umidade, além do uso de luvas para realização das tarefas domésticas, a fim de evitar o contato com substâncias químicas. Também devemos nos atentar a alimentação. Um hábito muito válido é a hidratação das unhas com agentes emolientes. Associado a estes cuidados o tratamento oral se baseia em suplementação alimentar (quando necessária) e uso de biotina. O uso de agentes fortalecedores deve ser feito com cuidado pois podem piorar as unhas frágeis e causar dermatite de contato, como é o caso do formaldeído.
Cinthya Batista é médica e atende na Clínica CEAD, no hospital HNSD e na clínica AME. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.
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