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Belo Horizonte a Caeté: uma epopeia de tirar o fôlego

Caeté

BR-381 próximo a Caeté. Foto: Internauta via whatsapp

A rotina de quem trafega pela BR-381, principalmente no trecho que liga Caeté a Belo Horizonte e vice-versa, costuma ser dramática. Não há exageros no que eu falo! É um drama mesmo. Não digo isso apenas pelo desejo de transitar em uma rodovia de qualidade, com uma pista bem-feita, sem buracos e bem sinalizada. Digo pela preocupação com a minha segurança e dos milhares de motoristas que passam pelo local diariamente, muitas vezes a trabalho ou com suas famílias inteiras, cada um com seus motivos.

Existem inúmeros pontos críticos no trajeto e inclusive já relatei alguns deles aqui, ao longo dos últimos meses. A saída de Belo Horizonte até o trevo de Caeté é um percurso de aproximadamente 30 Km, mas, que costuma nos tomar a metade do tempo da viagem, isso sem nenhum empecilho.  

E não faltam buracos, má sinalização, pontos completamente intransitáveis, que obrigam os motoristas a quase pararem os seus veículos, seja para evitar danos e avarias, seja para evitar acidentes. À noite, então, quando a visibilidade diminui, temos que redobrar a atenção e a reza.

Essa condição já deixou de ser uma vergonha faz tempo e se tornou uma verdadeira aberração. Os números de acidentes, em um espaço tão curto, mostram a real necessidade de atenção com o local. Atenção! Atenção! Oh, psiu! Enxerga-nos aqui! Olha a chuva! Não, é mentira!

Daqui a alguns meses começa o período das chuvas e dá-lhe mais buracos e mais problemas. Como tenho fé em Deus, suplico a Ele que, antes das chuvas, ocorra manutenção nesse trecho. Quase um milagre, não é mesmo?!

Além dos acidentes, o tempo perdido… Muitas vezes passam de duas horas o tempo para percorremos esses 30 km, principalmente para os que seguem sentido Belo Horizonte. Milhares de mineiros, aliás de brasileiros, são obrigados a enfrentar essa parte da rodovia. Eu sou um deles.

Já em sentido contrário, quando chegamos ao itinerário duplicado, após o trevo de Caeté, quem é motorista sabe bem, dá até uma alegria ao enxergamos aquela pista larga, e em boas condições. Porém, o sorriso pode durar pouco. Nem parece que a duplicação desta parte da rodovia é recente. Este trecho não está péssimo como o que citei primeiro, justiça seja feita, mas infelizmente irá ficar, pois sem manutenção não há nada que resista.

Este trajeto precisa também de atenção. Não existe uma empresa para dar manutenção na rodovia e, com isso, já é possível detectar inúmeros problemas. Divisas de pistas quebradas, grades de proteção danificadas, rachaduras na pista, falta de sinalização, aumentando em muito o risco de acidentes, dentre tantos outros problemas. Se não for iniciada a manutenção da via, perderemos rapidamente uma das maiores conquistas que tivemos nos últimos anos, que foi a duplicação deste trecho. E, pasmem! Em breve teremos alguns pontos interditados.

Como tenho fé em Deus, suplico a ele que, antes das chuvas, ocorra manutenção neste trecho, para não ter que suplicar para que não nos mande chuvas!

* Gustavo Milânio é advogado.

** O conteúdo expresso neste espaço é de total responsabilidade do colunista e não representa necessariamente a opinião da DeFato.

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