A Black Friday, marcada para a próxima sexta-feira (29), promete movimentar o comércio brasileiro, com 62% dos consumidores planejando gastar até R$ 3 mil, segundo pesquisa da LWSA. Entre os itens mais procurados, 51% dos entrevistados apontaram interesse em eletrônicos e eletrodomésticos. Contudo, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) alerta que o entusiasmo pelas promoções deve vir acompanhado de atenção à eficiência energética dos produtos.
Eficiência energética: um fator decisivo nas compras
Thiago Batista, engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, ressalta que a economia inicial em produtos com preços atrativos pode ser anulada pelo alto consumo de energia ao longo do tempo. “O cliente tem duas opções para evitar desperdício de energia: reduzir o tempo de uso do equipamento ou optar por modelos mais eficientes. Comprar um produto barato, mas ineficiente, pode pesar na conta de luz por anos”, afirma.
Batista recomenda priorizar produtos com o Selo Procel ou a etiqueta do Inmetro com classificação “A”, que garantem maior eficiência energética. “Esses selos indicam que o equipamento oferece o melhor desempenho energético em sua categoria, beneficiando o consumidor com menor consumo de energia e redução de custos a longo prazo”, explica.
Selo Procel e tabela ENCE: aliados do consumidor
O Selo Procel, criado nos anos 1990, é amplamente reconhecido e pode ser encontrado em produtos como geladeiras, lavadoras, TVs, micro-ondas e até lâmpadas. Além disso, a tabela ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) classifica equipamentos de A (mais eficiente) a G (menos eficiente), ajudando o consumidor a comparar modelos.
“Na Black Friday, o preço baixo é atrativo, mas equipamentos mal classificados podem gerar despesas adicionais na conta de energia, anulando o desconto obtido na compra”, alerta o engenheiro.
Cuidados com compras on-line
Thiago Batista também chama atenção para as compras on-line, onde informações sobre eficiência energética nem sempre estão claras. Ele sugere consultar o modelo no site do fabricante ou em fontes confiáveis antes de finalizar a compra.
“Adquirir um equipamento é como firmar um contrato de longo prazo. Um produto ineficiente pode gerar custos extras durante anos. Investir em eficiência energética é evitar dores de cabeça com a conta de luz no futuro”, conclui.