A direita, ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sai do primeiro turno das eleições municipais mostrando força em todo o país.
Em 17, das 26 capitais em disputa, candidatos que tiveram o apoio conseguiram se eleger ou chegar ao segundo turno, enquanto Luiz Inácio Lula da Silva ou o PT conseguiram levar ao segundo turno apenas 7 candidatos nas 26 capitais.
Os números favorecem os deputados federais da direita, fortalecendo o campo conservador sobre a esquerda em 2026, quando serão realizadas as eleições para deputado, senador, governador e presidente da República.
Em São Paulo, Ricardo Nunes, apoiado por Bolsonaro ficou em primeiro lugar, com 29,4% dos votos e vai ao segundo turno contra Guilherme Boulos (Psol), que obteve 29%. Marçal (PRTB) conseguiu o apoio de parte da direita, mas não o suficiente para seguir na disputa, com 28,1% dos votos.
Em Belo Horizonte (MG), Bruno Engler (PL), que tem o apoio de Bolsonaro desde a campanha de 2020, conseguiu 34,3% dos votos, indo à disputa no segundo turno com Fuad Nomam (PSD), que ficou com 26,5% dos votos.
Mauro Tramonte (Republicanos), terceiro colocado captou parte dos votos da direita, com 15,2% dos votos.
Já os candidatos da esquerda mais competitivos, Duda Salabert (PDT) e Rogério Correia (PT), ficaram em quinto e sexto lugar, somando apenas 12% juntos.
No Rio, Alexandre Ramagem (PL), novato na política, entrou na disputa municipal com o apoio do clã Bolsonaro e conseguiu 30,8% dos votos, quase um terço do eleitorado, o que comprova a influência de Bolsonaro.
O vereador mais votado, novamente, no Rio, foi Carlos Bolsonaro (PL).
No Sul, também, o ex-presidente mostrou força. Em Florianópolis, Santa Catarina, Topázio Neto (PSD), atual prefeito, conseguiu ser reeleito com 58,4% dos votos, com o apoio de Bolsonaro e do governador de SC, Jorgino Mello (PL).
O segundo colocado foi Marquito (Psol), com 22,2% e o candidato do PT, Lela, amargou o quinto lugar, com 5,7%dos votos.
Em Porto Alegre, o atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), recebeu o apoio de Bolsonaro e teve a expressiva votação de 49,7% dos votos, contra 26,2 de Maria do Rosário (PT).
Em Curitiba (PR), os dois candidatos que vão para o segundo turno, Eduardo PImentel (PSD) e Cristina Graeml (PMDB) ficaram com 33,5% e 31,1% dos votos, respectivamente,
O candidato apoiado pelo PT, Luciano Ducci (PSB), ficou em terceiro lugar, com 19,4% dos votos e está fora da disputa.
No Nordeste, candidatos da direita foram bem. A vitória mais expressiva foi em Maceió (AL) onde o candidato apoiado por Bolsonaro, João Henrique Caldas (PL) foi reeleito prefeito ainda no primeiro turno com 83% dos votos.
Em Fortaleza (CE), André Fernandes (PL) ficou em primeiro lugar com 40,2% contra Evandro Leitão (PT), que obteve 34,4%.
Em Aracaju (SE), Emilia Correa (PL) liderou a disputa no primeiro turno, com 41,6% e é favorita para vencer Luiiz Roberto (PDT) o segundo turno.
Em João Pessoa, na Paraíba, Marcelo Queiroga (PL), ex-ministro da Saúde de Bolsonaro vai a segundo turno, embora a preferência do eleitorado é de Cícero Lucena (PP), que obteve 49,1%.
Em Recife, o candidato apoiado por Bolsonaro. Gilson Machado (22) perdei de balaiada com 13,9 dos votos, para João Campos, reeleito com 78,1% dos votos.
No Centro-Oeste, em Goiânia, Fred Rodrigues (PL), que teve apoio de Bolsonaro recebeu 31,1% dos votos e enfrenta Sandro Mabel União) no segundo turno, de centro-direita, que teve 27,6%.
Em Cuiabá (MT), Abilio Brunini (PL), apoiado por Bolsonaro obteve 39,6% dos votos e vai para o segundo turno contra Lúdio (PT), que teve 28,3%.
Em Campo Grande (MS) a disputa foi acirrada entre as candidatas do centro-direita, Adriane Lopes (PP) teve 31,6% dos votos e Rose Modesto (União), com 29,5%.
Na capital do Mato Grosso do Sul, o candidato apoiado por Bolsonaro, Beto Pereira (PSDB) ficou em terceiro lugar, com 25,9% e a de Lula, Camila Jara, em quinto lugar.
No norte do país, a vitória mais expressiva da direita foi em Boa Vista (RR), onde o atual prefeito, Arthur Henrique (MDB), apoiado por Bolsonaro, foi reeleito com 75,1% dos votos. Os candidatos da esquerda na capital, Mauro Nakashima (PV) e Lincoln Freire (Psol) somaram juntos menos de 2% dos votos. Em Rio Branco, no Acre, Tião Bocalom (PL), foi reeleito com 54,8% dos votos. Ele teve apoio de Bolsonaro, de Michelle Bolsonaro e do governador do Acre, Gladson Cameli (PP).
Em Porto Velho (RO), Mariana Carvalho (União), com o apoio de Bolsonaro, do atual prefeito Hilton Chaves (PSDB) e do governador do Estado, Marcos Rocha, ficou em primeiro lugar com 44,5% e vai para o segundo turno contra Léo (Podemos), com 25,6%.
Em Palmas (TO), Janadi Valcari (PL), ficou em primeiro lugar com 39,2% dos votos e disputa o segundo turno com Eduardo Siqueira Campos, que teve 32,4% dos votos.
Em Manaus, o Capitão Alberto Neto (PL), ficou em segundo lugar e enfrenta no segundo turno Davi Almeida (Avante), que teve 32,1% dos votos. Em Belém, Eder Mauro (PL), candidato de Bolsonaro ficou com 31,4% e vai para o segundo turno contra Igor (MDB), que obteve 44,8% dos votos.
* Fonte: Gazeta do Povo