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Bolsonaro nega plano de golpe, mas diz temer ser preso

Foto: Isac Nóbrega/PR/Flickr

“Essa história de assassinato de autoridades, no meu entender, foi jogado {…} não cola isso daí. No meu entender, nada foi iniciado, não podemos agora querer punir o crime de opinião”, essa a manifestação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a jornalistas, nesta segunda-feira (25), no aeroporto de Brasília, vindo de Maceió, onde esteve por alguns dias.

Bolsonaro negou o suposto plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes e disse: “Não, esquece. Dentro das quatro linhas não tem pena de morte”. Porém, admitiu ter medo de ser preso, pela questão.

O ex-presidente e outras 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal, na quinta-feira (21), no inquérito que apura a suposta tentativa de golpe de Estado, em 2022, e cujo relatório será encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) e posteriormente à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ainda no aeroporto, Bolsonaro foi questionado se teria medo de ser preso. Ele respondeu: “A prisão pode acontecer a qualquer momento. Eu posso ser preso ao sair daqui (do Aeroporto Internacional de Brasília)”.

Paulo Amador, advogado de Bolsonaro disse esperar que Paulo Gonet, Procurador-Geral da República, “tenha um participação mais ativa e uma posição mais ponderada quanto à apresentação da denúncia”.

Indagado se chegou a considerar decretar o Estado de Sítio no país, afirmou que era uma alternativa prevista na Constituição para evitar uma multa imposta ao PL, seu partido, pelo TSE.

“Depois da multa, que eu não podia mais recorrer ao TSe, porque se eu recorresse talvez viesse uma multa de R$200 milhões. Talvez fosse cassado o registro do partido. O que nós podemos fazer? Há alguma maneira? Cavoque a Constituição”.

Acrescentou: “Só procurei saber se existia essa possibilidade e que depois foi descartada. Não convoquei ninguém nem assinei nenhum papel”.

Bolsonaro voltou a dizer que o Projeto de Lei da anistia para os envolvidos no 8 de janeiro segue de pé e “trará pacificação ao país”.

No entanto, após as explosões em Brasília, em 14 de novembro, a medida voltou a ser questionada e a ala governista tenta impedir o avanço do projeto.

Arthur Lira (PP-AL), havia prometido que traria uma solução ao problema antes de vencer o seu mandato, que termina em 2025.

Hugo Mota (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara e apoiado por Lira, tem também o apoio do PL sob essa condição.

* Fonte: Poder360

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