Site icon DeFato Online

Bolsonaro sugere “movimento de rua” pelos presos de 8 de janeiro

Bolsonaro sugere "movimento de rua" pelos presos de 8 de janeiro

Bolsonaro na cerimônia de filiação ao PL de Fernando Holiday e Lucas Pavanato - Foto: Divulgação/PL

Na última terça-feira (23), na Câmara Municipal de São Paulo, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que participava da cerimônia de filiação ao PL do vereador Fernando Holiday e do comentarista político Lucas Pavanato, falou publicamente sobre “um movimento de rua” em defesa dos presos pelos atos criminosos de 8 de janeiro.

Também estiveram no evento o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, além de outros diretores da legenda. Acusado de incentivar os atos de vandalismo contra prédios dos três poderes, em Brasília, Bolsonaro sempre negou, em entrevistas e em depoimentos à Polícia Federal (PF), qualquer participação no movimento.

Bolsonaro foi tornado inelegível há cerca de três semanas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma reunião com embaixadores, quando expôs suposta fragilidade das urnas eletrônicas, sem, no entanto, mostrar provas.

Por ocasião da filiação dos novos partidários, Bolsonaro comentou sobre perguntas que lhe são constantemente dirigidas pela imprensa, indagando se teria medo de ser preso, ao que respondeu: “Qualquer um, hoje em dia, pode ser preso por nada! Ainda temos 250 pessoas presas em Brasília. Falam em ditadura Vargas. Pegue esses períodos todos e veja quantos presos estiveram lá. Menos da metade tivemos presos em um só dia em Brasília no 8 de janeiro. Qual a acusação? Ofender o Estado Democrático de Direito. Ah, vai pra ponta da praia! Tudo agora é ameaça ao Estado Democrático de Direito, pô! Se coloque no lugar das pessoas idosas, com 80, 90 anos, que estão em casa usando tornozeleira eletrônica. Dois assessores meus estão presos. O meu ajudante de ordens está preso!”.

A expressão “ponta da praia” é utilizada por militares ao se referir à Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro. O local era conhecido pela tortura e morte de presos políticos durante a ditadura militar.

Bolsonaro prosseguiu: “Meus assessores estão presos há 70 dias de forma covarde, porque não tem fundamento nenhum para prisão preventiva. Se tiver que falar em movimento de rua, se tiver um dia, tem que ser para pedir a liberdade desse pessoal que está lá”.

Ainda neste evento, Bolsonaro fez críticas ao presidente Lula: “A quem interessa, leva-se em conta alguns países europeus, países do Norte…Interessa a eu ou a um entreguista na Presidência da República? Um analfabeto? Um jumento, porque não dizer assim?”.

O ex-presidente atacou também o ministro da Economia, Fernando Haddad, criticando-o pela reforma tributária: “Haddad comparando herdeiros a parasitas. Logo ele, que nunca trabalhou na vida”, disse.

Exit mobile version