Com a possibilidade de ser lembrado para a posse do republicano Donald Trump, que venceu as eleições norte-americanas à Casa Branca, e tem a cerimônia de posse agendada para o dia 20 de janeiro de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que vai solicitar ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) a sua liberação para comparecer ao evento.
“Se Trump me convidar, vou peticionar ao TSE) Tribunal Superior Eleitoral), ao STF”, disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
Bolsonaro tem seu passaporte retido em face de um processo que investiga suposta tentativa de golpe de Estado para se manter na Presidência.
Bolsonaro acredita que seja a única pessoa do Brasil a ser convidado por Trump para a posse.
Trump derrotou Kamala Harris (Democrata), nas eleições realizadas na terça-feira (5).
“Ele (Moraes) vai falar não para o cara mais poderoso do mundo? Eu sou o ex. O cara vai arranjar uma encrenca por causa do ex? Agora, com todo respeito, o homem mais forte do mundo…você acha que ele vai convidar o {presidente Luiz Inácio} Lula {da Silva (PT)}? Talvez protocolarmente”.
Bolsonaro disse ter tido três solicitações de viagem internacional negadas por Moraes.
A última foi para ir à casa de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, de onde o presidente eleito acompanhou a apuração com convidados.
Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal, esteve no evento organizado por Trump.
“O Eduardo tem amizade enorme com ele {Trump}, tanto é que, 85 convidados, ele foi e botou mais 2 para dentro, o Gílson (Machado-ex ministro de Bolsonaro) e o filho dele. Ele me tem como uma pessoa que ele gosta, é como você se apaixonar por alguém de graça, né? Essa paixão veio da forma como eu tratava ele, sabendo o meu lugar”, declarou.
Ao falar sobre as investigações de um suposto golpe para permanecer no poder após perder as eleições de 2022 para Lula, Bolsonaro disse:
“Há 2 anos querendo me incriminar como golpista, vai à merda, porra”.