O Brasil chegou a 70 medalhas conquistadas nas Paralimpíadas de Paris 2024 nesta sexta-feira (6), sendo 17 ouros, 22 pratas e 31 bronzes. Além disso, foi um dia importante para o atletismo brasileiro: Thiago Paulino conquistou a 200ª medalha da modalidade com a prata no arremesso de peso.
Já na natação, Gabriel Bandeira foi prata nos 100m costas na 150ª medalha da natação. Junto com o atletismo, as modalidades acumulam 350 dos 443 pódios do Brasil em Jogos Paralímpicos.
O dia ainda teve os bicampeonatos de Talisson Glock, nos 400m livre S6, e de Alana Maldonado, no judô. A sexta-feira trouxe mais oito medalhas ao Brasil, que agora soma 70 em Paris e se aproxima do recorde de 72 do Rio 2016 e Tóquio 2020.
No atletismo, Thiago Paulino conquistou a prata no arremesso de peso F57, destinado a atletas que competem sentados. A paulista Zileide Cassiano, 26, conquistou nesta sexta-feira (6) a primeira medalha em Jogos Paralímpicos no salto em distância, da classe T20 (deficiência intelectual). Ela levou a prata com 5,76m.
Ainda no atletismo, a piauiense Antônia Keyla conquistou a medalha de bronze na final dos 1500m T20 (deficiência intelectual) dos Jogos Paralímpicos de Paris. Ela chegou na terceira colocação com o tempo de 4min29s40, cravando o novo recorde das Américas. A marca anterior era da própria Keyla – 4min30s75.
Halterofilismo
A amazonense Maria de Fátima Castro, 30, conquistou a medalha de bronze na categoria até 67kg na Arena La Chapelle. A atleta alcançou o resultado com um levantamento de 133kg. O ouro ficou com a chinesa Yujiao Tan, com 1 42kg (novo recorde mundial) e a prata com a egípcia Fatma Elyan, com 139kg.
O resultado garantiu à Maria o recorde das Américas. A melhor marca continental anterior era da mexicana Amalia Perez Vazques, que suportou 132kg em junho deste ano, em etapa da Copa do Mundo na Geórgia.
Maria é estreante em Jogos Paralímpicos. Ela tem má-formação congênita nas pernas. Conheceu o halterofilismo em 2017 e passou a se dedicar à modalidade em 2019. Foi medalhista de prata no Mundial de halterofilismo de Dubai em 2023 na disputa por equipes femininas, ao lado da mineira Lara Lima e da carioca Tayana Medeiros.
Judô
A paulista Alana Maldonado, 29, se tornou bicampeã paralímpica no judô ao vencer nesta sexta-feira, 6, a chinesa Yue Wang, na final da categoria até 70kg da classe J2 (atletas que conseguem definir imagens) nos Jogos Paralímpicos de Paris. Alana foi a primeira mulher brasileira a ganhar a medalha dourada no judô no megaevento, em Tóquio 2020.
A carioca Brenda Freitas conquistou a prata ao vencer a grega Theodora Paschalidou, na semifinal, e perder para a chinesa Li Liu na decisão na categoria até 70kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz).
Natação
O nadador catarinense Talisson Glock, 29, venceu nesta sexta-feira, 6, os 400m livre da classe S6 (limitações físico-motoras), conquistou seu primeiro ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris e o bicampeonato paralímpico. Ele ganhou a medalha dourada na mesma distância nos Jogos de Tóquio 2020. Talisson finalizou a prova com o tempo de 4min49s55, novo recorde das Américas.
Nos 100m costas da classe S14 (deficiência intelectual), o paulista Gabriel Bandeira conquistou a medalha de prata, com o tempo de 58s54, novo recorde das Américas.
Canoagem
O Brasil garantiu três vagas diretas em finais A da canoagem nesta sexta-feira, após as eliminatórias. O piauiense Luis Cardoso Silva venceu sua bateria nos 200m caiaque KL1 (usa somente braços na remada) e avançou direto para a final A. Ele vai brigar por medalha na manhã deste sábado (7), às 6h20 (Brasília).
Fernando Rufino e Igor Tofalini venceram suas baterias na canoa VL2 (usa tronco e braços na remada) e avançaram direto para a final A. A prova decisiva será no domingo (8). Rufino tenta o bicampeonato paralímpico, já que ele ganhou o ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
*Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro