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“Buscamos desenvolver um evento que conseguisse dialogar com a história do Festival de Inverno”, avalia Marcos Alcântara

"Buscamos desenvolver um evento que conseguisse dialogar com a história do Festival de Inverno", avalia Marcos Alcântara

Marcos Alcântara, superintendente do Festival de Inverno de Itabira - Foto: Guilherme Guerra/DeFato

Após 18 dias de programação, o 50º Festival de Inverno de Itabira chegou ao fim no último domingo (21), com o show do multiartista Seu Jorge. Com o término do principal evento artístico da cidade, o superintendente da Fundação Cultural Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), Marcos Alcântara, conversou com a reportagem do portal DeFato para fazer um balanço da edição deste ano.

“Nós buscamos um Festival de Inverno que conseguisse dialogar com a nossa cidade, com a história do próprio festival, uma história de várias mãos, de várias pessoas que realmente buscaram construir todo esse projeto de uma cidade cultural. A gente está dando continuidade nessa história, entendendo que podemos também buscar outras vertentes, principalmente a vertente da economia, que é uma forte atração da cultura e que realmente busca impactar os valores econômicos e mudar uma realidade, uma cidade”, avalia Marcos Alcântara.

O superintendente da FCCDA também destaca o trabalho para que o setor cultural de Itabira dialogue com outras áreas da administração municipal, contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas integradas e que gerem benefícios para a comunidade. “Tendo esse entendimento da cultura na área da saúde, da cultura na área da educação, da cultura na área da assistência social, a cultura como vários desdobramentos, vários benefícios para que o cidadão possa realmente se sentir pertencente a uma cidade, se sentir pertencente a um território. Então, quando a gente fala de cultura e fala do Festival de Inverno, a gente está falando das nossas tradições, nós estamos falando daquilo que é mais importante, daquilo que toca as pessoas e muda o olhar das pessoas para como é uma cidade”, disse.

“Então nós acreditamos muito que o Festival de Inverno, nesses seus 50 anos, conseguiu realmente cumprir isso, fazer com que o itabirano pudesse perceber toda a potencialidade que Itabira tem, desde os seus talentos locais e até mesmo um recorte desse nosso Brasil profundo, desse Brasil que a gente conseguiu trazer um recorte para Itabira”, completa.

A segurança do evento também foi abordada por Marcos Alcântara. Segundo ele, a estratégia adotada pelas forças de segurança do município “foi um trabalho muito bem organizado, muito respeitoso, onde as Forças de Segurança conseguiram realmente entregar um resultado satisfatório e um resultado que mostrou que Itabira pode ser uma cidade feliz e segura. Estamos muito contentes com toda a organização das forças de segurança”.

Talentos locais

Com uma agenda que mesclou artistas de renomes nacionais com talentos locais, Marcos Alcântara destaca a importância de valorizar aqueles que trabalham para seguir construindo uma Itabira cultural. “Nós estamos numa cidade que é berço de Minas Gerais, nós estamos na cidade do Carlos Drummond de Andrade, nós estamos numa cidade que tem uma efetivação cultural grandiosa e numa cidade que nós temos uma pedra muito preciosa e essa pedra ela está encoberta e a gente está buscando lapidar essa pedra”, afirma.

“E quando artistas como Frejá já e Seu Jorge falam dos artistas itabiranos, falam da nossa tradição e da nossa cultura, daquilo que nós estamos produzindo, é realmente buscar esse reconhecimento, porque o festival tem esse papel de conexão entre aquele artista consagrado nacionalmente com o artista local para que a gente possa potencializar a nossa arte e também comercializar aquilo que tem de melhor em Itabira, para que Itabira possa ser uma vitrine”, completa.

Próximo evento

Com o término do Festival de Inverno de Itabira, a FCCDA se dedica agora à produção da agenda artística da 36ª Exposição Agropecuária e Industrial de Itabira (Expoita), que será realizada entre os dias 7 e 11 de agosto. “A Expoita não é somente uma festa do agro, ela não é somente uma festa de entretenimento, ela é uma festa para que a gente possa realmente marcar uma região e trazer para essa região o desenvolvimento por meio do agronegócio e entendendo esse desenvolvimento do agronegócio como uma potência”, analisa.

“O que nós queremos trazer nessa edição da 36ª Expoita é uma experiência para o agricultor, é uma experiência para o produtor rural, é uma experiência para o cidadão itabirano e é uma experiência para os nossos visitantes conhecerem essa potência, esse outro lado de Itabira que é além da mineração e é algo que a gente precisa mostrar para o Brasil, gerando possibilidades para que Itabira possa ter outras vertentes econômicas”, finaliza Marcos Alcântara.

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