Equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) retomaram, na manhã deste sábado (6), as buscas pelo helicóptero que desapareceu com quatro pessoas a bordo, quando se dirigia para Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, no dia 31 de dezembro, véspera do réveillon. Os trabalhos, que entraram no sexto dia, chegaram a ser interrompidos durante três horas, na sexta-feira (5), em razão do mau tempo. Nesta manhã, o céu estava encoberto na região, mas sem chuva.
As buscas cobrem uma área de 5 mil quilômetros quadrados, entre o Planalto paulista, a Serra do Mar e o litoral. A varredura atinge os territórios de Caraguatatuba, Natividade da Serra, Paraibuna, Redenção da Serra, Salesópolis e São Luiz do Paraitinga. Neste sábado, as operações estão concentradas entre a Represa de Paraibuna e Caraguatatuba.
De acordo com a FAB, a região montanhosa, o céu com muitas nuvens e a cor da aeronave — cinza e preto — dificultam as buscas. Já são mais de 40 horas de operações, que contam com o apoio da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Neste sábado, uma aeronave do 2º Batalhão de Aviação do Exército, sediado em Taubaté, se juntou às equipes de buscas. Segundo o Comando de Aviação do Exército (Cavex), o helicóptero Pantera K2 tem equipamentos de visão noturna e pode operar à noite.
O helicóptero, de prefixo PR-HDB, modelo Robinson 44, decolou às 13h15 do dia 31 de dezembro do Aeroporto Campo de Marte, na zona oeste da capital, mas não chegou a Ilhabela. O último contato com a aeronave ocorreu às 13h15. Cerca de nove horas depois foi gerado um alerta sobre o possível desaparecimento do helicóptero ao Comando de Aviação e ao Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.
De acordo com informações confirmadas pela Polícia Militar, estavam a bordo Luciana Rodzewics, de 46 anos, e sua filha Letícia Rodzewics Sakumoto, de 20. O helicóptero levava também o piloto, identificado como Cassiano Teodoro, e um amigo da família Rodzewics, Rafael Torres.
Segundo a FAB, o Segundo Esquadrão do 10º Grupo de Aviação (Esquadrão Pelicano) foi acionado para realizar as buscas. A aeronave SC-10 Amazonas, mobilizada para a varredura, possui radar capaz de realizar buscas sobre terra e mar, com alcance de até 360 quilômetros. O avião dispõe também de um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho, que detecta sinais de calor, podendo localizar uma pessoa encoberta pela mata ou sob as águas do mar.