Em primeiro discurso nesta quinta-feira (20), em evento do PL em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse não ligar para uma possível prisão após denúncia do PGR (Procuradoria-Geral da República) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
Bolsonaro e mais 33 pessoas foram denunciados pela PGR, com o ex-presidente podendo responder por 5 crimes por liderar uma organização que tinha como intenção impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro pode receber pena de prisão de 12 a 43 anos pelos seguintes crimes a ele imputados:
abolição violenta do Estado democrático de Direito;
golpe de Estado; integrar organização criminosa armada;
dano qualificado contra o patrimônio da União; e
deterioração de patrimônio tombado.
Antes de seu pronunciamento, a organização do evento exibiu um corte de uma entrevista do presidente Lula à CNN Brasil, quando o petista diz que Bolsonaro não voltará ao poder se a esquerda construir uma “boa narrativa”.
O Primeiro Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal, realizado na quinta-feira teve como objetivo discutir estratégias da legenda nas redes sociais e contou com as presenças de pessoas ligadas ao X, Google e Kawai, além das presenças de prefeitos, vereadores, deputados federais e estaduais e futuros candidatos do PL.
No local, banners com frases mostrando o PL unido às Big Techs e com expressões sobre a liberdade como tema.
Sobre a denúncia da PGR em seu desfavor, que pode lhe render a perda da liberdade, Bolsonaro soltou a surpreendente frase “Caguei para prisão”.
Na oportunidade, após o comentário sobre a eventual prisão, o ex-presidente falou sobre os protestos marcados para o dia 16 de março e reiterou a prioridade de pautar o Projeto de Lei (PL) da anistia.
Além de Bolsonaro, também fizeram pronunciamento o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, o senador Rogério Marinho (RN), e o líder da bancada, Sóstenes Cavalcante (RJ).
Embora presentes em um mesmo ambiente, Bolsonaro e Costa Neto não se cruzaram, impedidos de terem contato por ordem judicial.