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Câmara dos Deputados aprova regulamentação da reforma tributária

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17), o PLP 68/24, com 324 votos favoráveis e 123 contra, que regulamenta a reforma tributária, após ajustes às alterações propostas pelo Senado na semana passada.

A reforma tributária é uma proposta  de emenda à Constituição, e que no ano passado previa a unificação de cinco impostos em apenas dois tributos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), mas dependia, para sua implementação, da regulamentação aprovada ontem, 17, pelo Congresso. 

O relator da proposta, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), ressaltou que algumas mudanças feitas pelo Senado foram rejeitadas para preservar a alíquota padrão de 26,5%.

“Garantir estabilidade na alíquota é essencial para que os novos tributos funcionem como previsto”, disse.

Alguns parlamentares não viram com bons olhos a proposta tal como foi aprovada, como é o caso da deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que criticou os benefícios tributários direcionados, como os concedidos à Zona Franca de Manaus.

“Isso cria distorções e mantém privilégios setoriais em um sistema que deveria ser mais justo e amplo”.

Entre os ajustes aprovados na Casa destacam-se o Imposto Seletivo, que aumenta a tributação sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como bebidas açucaradas e refrigerantes, e o retorno da lista de medicamentos com tributos menores.

Produtos como biscoitos, bolachas e água mineral foram retirados da alíquota reduzida de 60% da cesta básica, voltando à tributação padrão, além dos serviços de saneamento, água e veterinária que também não sofreram redução.

Para conseguir quórum para a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) anunciou o “efeito administrativo”, que permite a penalização com redução de salários dos deputados que se ausentarem do plenário durante o processo.

A reforma tributária é uma das prioridades do governo neste ano.

A CBS tem caráter federal, e o IBS é de competência estadual e municipal, agregando, gradualmente, cinco impostos que hoje são cobrados: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS.

O projeto vai agora à sanção presidencial.

* Fontes: CNN Brasil – Migalhas

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