Calixto explica situação financeira do HNSD na Câmara Municipal

Convidado pela Câmara Municipal de Itabira, o provedor do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), Reginaldo Calixto, participou nessa terça-feira, 1º de dezembro, da reunião legislativa para apresentar à comunidade a atual situação financeira da instituição. As principais questões abordadas foram a prestação de contas da 27ª Expoita (que não gerou nenhuma renda ao hospital), […]

Convidado pela Câmara Municipal de Itabira, o provedor do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), Reginaldo Calixto, participou nessa terça-feira, 1º de dezembro, da reunião legislativa para apresentar à comunidade a atual situação financeira da instituição. As principais questões abordadas foram a prestação de contas da 27ª Expoita (que não gerou nenhuma renda ao hospital), a aplicabilidade do crédito especial do município, de R$ 1 milhão, e a dívida estimada da organização, que hoje é de R$ 10.298.381.64.
 
A Expoita, que todas as edições repassa ao hospital o recurso arrecadado, este ano ficou no vermelho. De acordo com os dados apresentados por Calixto, a receita do evento foi de cerca de R$ 160 mil e as despesas de aproximadamente R$ 268 mil. O HNSD só não ficou no prejuízo porque a Prefeitura – como prevê o contrato – arcou com os R$ 107 mil de prejuízo.
 
Sobre o crédito especial, o provedor apresentou os investimentos/custeios que foram feitos com os recursos, como compra de medicamentos, material de consumo, pagamento de contas de água, luz, telefone, gases medicinais, entre outros.
 
Mas a questão mais séria apresentada foi a dívida da instituição. Segundo a planilha apresentada, o hospital tem, entre saldo de caixa, saldos bancários, aplicações financeiras, contas a receber e crédito, pouco mais de R$ 5 milhões. As contas a pagar, no entanto, (incluindo processos judiciais e juros bancários) ultrapassam os R$ 15 milhões. O déficit, então, é de aproximadamente R$ 10 milhões.
 
Justificativas
O saldo negativo é bem superior aos R$ 4,5 milhões apresentados no início da gestão de Reginaldo, mas ele não quis entrar em detalhes sobre o motivo do desencontro de informações, quando questionado pelos vereadores. O provedor apresentou algumas prováveis justificativas para o problema financeiro, como SUS deficitário, déficit de caixa mensal da ordem de R$ 200 mil, altos juros bancários, altos custos de compra e dificuldade na obtenção de crédito junto aos fornecedores.  Foi foco, entre as prováveis justificativas, o grande número de pacientes da região atendidos no HNSD através do SUS.
 
Choque de Gestão
Depois de três meses à frente da instituição, Calixto afirmou que a implantação do Choque de Gestão já apresenta os primeiros resultados. Segundo ele, o déficit de caixa, que era de R$ 200 mil por mês, caiu para R$ 16 mil. A expectativa é que este problema seja erradicado nos próximos 90 dias. O hospital implantou também, neste período, a ouvidoria, fez convênios para reforma de leitos e reformulou a equipe de administração, (composta por profissionais de Itabira) que será responsável pelas ações de produção e controle de todas as atividades.
 
Sobre o atendimento, além de se preocupar com o treinamento dos funcionários, o hospital também vai aumentar os leitos de 127 para 163, já a partir de janeiro de 2010. Nas próximas prestações de contas, que devem acontecer a cada três meses, outras boas notícias devem ser anunciadas, de acordo com o provedor.  

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