Itabira recebe do SUS metade dos gastos com pacientes de outras cidades, diz secretário

Por ter mais recursos que a região, o sistema de saúde de Itabira atende muitos pacientes de outros municípios, sobretudo aqueles que não dispõem de hospitais. De certa forma, estas cidades pagam a conta – mas apenas uma parte.   Em entrevista a DeFatoOnline sobre investimentos em saúde (Confira: Hospital Carlos Chagas vai receber R$ […]

Por ter mais recursos que a região, o sistema de saúde de Itabira atende muitos pacientes de outros municípios, sobretudo aqueles que não dispõem de hospitais. De certa forma, estas cidades pagam a conta – mas apenas uma parte.
 
Em entrevista a DeFatoOnline sobre investimentos em saúde (Confira: Hospital Carlos Chagas vai receber R$ 2 milhões do Governo Federal), o secretário municipal de saúde Alcides Escolástico informou que parte do recurso federal destinado a estes municípios é direcionada ao sistema de saúde de Itabira, mas cobre apenas metade do custo. O resto cai sobre o município.
 
Segundo Alcides, funciona assim: se uma cidade, que não tem hospital ou condições de internar seus pacientes, precisar de leitos para internações, o Sistema Único de Saúde repassa o dinheiro para o município que fizer os atendimentos – num acordo chamado pactuação.
 
Mas o dinheiro do SUS para cada internação (AIH – Autorização de Internação Hospitalar) gira em torno de R$ 400 por paciente. “Para você ter uma ideia, o município paga ao Hospital Nossa Senhora das Dores, por exemplo, mais de R$ 800 por internação”, compara Alcides. O que falta nesta conta que não fecha é completado pela Prefeitura.
 
“Bancamos um valor muito maior do que o que vem do SUS, e os municípios atendidos por nós não conseguem complementar”, afirma. E ainda pode ser mais crítico: Itabira costuma receber uma previsão de verba, com base na pactuação, para um determinado número de internações, mas a demanda vez ou outra aumenta. Aí o déficit cresce ainda mais.
 
As informações do secretário esclarecem o discurso – muito usado em épocas políticas – de que Itabira atende outros municípios e quem paga a conta são os itabiranos. De fato, uma parte da dívida fica por conta do município, mas as cidades também fazem a parte dela. Um hospital regional, tão discutido entre políticos e autoridades, pode ser uma solução e tanto.
 
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