Impasse em hospital privado gera caos na saúde em Guanhães

O caos se instaurou na saúde de Guanhães, no Vale do Rio Doce, e de outros municípios da região, há pouco mais de uma semana, quando os cerca de 20 médicos do Hospital Regional Imaculada Conceição cruzaram os braços por causa de atraso de quatro meses no pagamento de salários. Mesmo com a determinação da […]

O caos se instaurou na saúde de Guanhães, no Vale do Rio Doce, e de outros municípios da região, há pouco mais de uma semana, quando os cerca de 20 médicos do Hospital Regional Imaculada Conceição cruzaram os braços por causa de atraso de quatro meses no pagamento de salários. Mesmo com a determinação da Justiça para que os profissionais voltassem ao trabalho, sob pena de multa de R$ 10 mil para cada paciente não atendido, a categoria ainda resiste.



Enquanto o problema não é solucionado, quem sofre com a falta de atendimento no hospital, que é privado e recebe recursos dos governos municipal, estadual e federal para atender a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), são os moradores das 23 cidades da microrregião, composta por uma população de aproximadamente 230 mil pessoas.



Como medida paliativa, o secretário de Saúde de Guanhães, Moacir Rosa Soares, explica que quando algum paciente grave dá entrada no Imaculada Conceição, este aciona a Secretaria de Saúde, que o encaminha para hospitais de outros municípios, como Serro, Itabira e Diamantina, na Região Central, além de Belo Horizonte. “O problema é que agora algumas cidades estão recusando os pacientes. Já os doentes das outras cidades da microrregião nem estão sendo encaminhados para o Hospital Regional mais”, diz.



Dois anos



Os demais pacientes de Guanhães, que não se enquadram nos casos de urgência e emergência, estão sendo atendidos pelas oito equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e ainda pelo centro de saúde. Moacir Rosa Soares afirma que os problemas com os recursos do Imaculada Conceição se arrastam há dois anos, mas agora a situação ficou pior. “Dessa vez até contratamos, junto com outros municípios, médicos para assumirem o lugar daqueles que se negam a voltar ao trabalho, mas não deu certo. Os médicos do hospital alegam que não tinham nem contrato”, conta o secretário.

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