Secretário apresenta justificativas, mas reconhece que Itabira precisa melhorar na avaliação do SUS

Alcides Escolástico tem justificativas, mas reconhece que há de se melhorar

Secretário apresenta justificativas, mas reconhece que Itabira precisa melhorar na avaliação do SUS
No Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS), divulgado pelo Ministério da Saúde no início do mês, Itabira apresentou uma de 5,51 dentro da escala que varia de 0 a 10. O valor está bem abaixo de cidades da região, como já mostrou DeFatoOnline. No entanto, segundo o Secretário Municipal de Saúde, Alcides Escolástico, o desempenho de Itabira não pode ser comparado aos de municípios vizinhos, pois não possuem características similares e são menores. Essa é uma das justificativas do secretário para o resultado a primeira vista ruim. Apesar de ter argumentos, Alcides reconhece que precisa melhorar.

O Ministério da Saúde dividiu os municípios em seis grupos, que levam em consideração algumas especificidades. Itabira está no grupo 3, diferente da cidade de Catas Altas que teve o maior índice da região: 7,13. Porém, a divisão não leva em conta apenas o tamanho das cidades. Barão de Cocais, por exemplo, com seus quase 30 mil habitantes, está no mesmo grupo da cidade de Drummond. A vizinha obteve nota 6,69. O maior IDSUS do grupo ficou com a cidade de Monte Santo de Minas com 7,27.

Ao gerar a nota, o ministério leva em conta o acesso aos serviços do SUS e se esses serviços são prestados em sua totalidade. Esses critérios, ponderados, resultam na nota final. “É importante saber o que está sendo analisado. O índice traz informações que não são totalmente completas. Tem muita informação sim, mas para ser analisada separadamente. É preciso colocar em prática primeiro o que está sendo considerado em cada cidade. Não se pode comparar, por exemplo, Belo Horizonte, que estava no grupo 1, com Itabira.”.

Apesar do resultado de 5,51 dentre as outras cidades do grupo 3 com mais de 100 mil habitantes Itabira está com um dos maiores índices (confira abaixo). Ainda assim, para Alcides, esse resultado precisa melhorar e os dados já estão sendo estudados para que sejam notadas mudanças. “A pesquisa está servindo de parâmetro para sabermos o que pode melhorar na saúde em Itabira. Será feito um trabalho para discutir os indicadores e ver como as notas baixas podem melhorar. Virou meu dever de casa”, diz o secretário.

Os valores de cada município são baseados na avaliação de 24 indicadores. Esse é mais um ponto complicador para Itabira, como argumenta Alcides. As cidades que possuem mais indicadores têm as notas mais rigorosas. “Itabira, por exemplo, no indicador que considera óbito em UTI para menores de 15 anos sofreu as conseqüências, diferente de uma cidade que não tem UTI. O mesmo em proporção de partos normais, quando na cidade temos uma quantidade maior de cesáreas. Uma cidade que não tem bloco cirúrgico, não faz cesárea e nesse quesito tirou zero. Essa nota não traz mudança no resultado final”, justifica.

Confira o índice das cidades com mais de 100 mil habitantes do grupo 3

Patos de Minas: 6,42

Ibirité: 5,92

Itabira: 5,51

Ubá, 5,4

Coronel Fabriciano: 5,34

Conselheiro Lafaete: 5,18

Araguari: 4.92

Sabará: 4,62

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