Infestação do mosquito da Dengue aumenta 680% em Itabira
Um levantamento realizado entre os dias 5 e 12 de janeiro e divulgado nessa sexta-feira, 23, pela secretaria de Saúde, mostra que o índice de infestação do mosquito da Dengue em Itabira subiu 680% em relação à última pesquisa, realizada em outubro de 2008. No ano passado, a cidade apresentou um índice de 0,3%, número […]
Um levantamento realizado entre os dias 5 e 12 de janeiro e divulgado nessa sexta-feira, 23, pela secretaria de Saúde, mostra que o índice de infestação do mosquito da Dengue em Itabira subiu 680% em relação à última pesquisa, realizada em outubro de 2008. No ano passado, a cidade apresentou um índice de 0,3%, número menor que 1% tolerado pelo Ministério da Saúde. Agora em janeiro, a média subiu para 2,34%.
Os números são baseados no Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) e servem como base para o trabalho de combate dos agentes municipais de saúde. Ao todo, 1.618 domicílios foram pesquisados, dos quais, 48 apresentaram focos do transmissor. Segundo referência do Ministério da Saúde, 10 bairros de Itabira correm o risco de epidemia da doença. São eles: Santa Tereza (20% de infestação), Vila das Comeias (14,90%), Barreiro (12,50%) Pedreira (10%), Caminho Novo (6,4%), Areão (5,26%), 14 de Fevereiro (4,60%), Alto Boa Vista (4,50%) Gabiroba (4,44%) e Bethânia (4,25%).
A chefe de Vigilância em Saúde, Thereza Horta, explica, entretanto, que esses bairros só correm risco de epidemia se houver pessoas infectadas e o Aedes aegypti usá-las para transmitir a doença. “O mosquito voa baixo, a cerca de 1,5 metro do chão, mas pode picar até 400 pessoas. Como a fêmea precisa do sangue para procriar, o ser humano é o meio que ela utiliza”, explica.
Chuvas
Thereza também detalhou que o aumento do número de focos do Aedes aegypti já era esperado pelos profissionais de saúde. Ela reafirmou o que o coordenador de ações de combate à Dengue, Roberto Quintão, disse em outubro, quando foi divulgado os dados do ano passado. “As chuvas agravaram muito a situação e a população ainda não se conscientizou da importância da prevenção”, enfatizou, lembrando que os ovos do transmissor podem durar até 400 dias, mesmo sem água.
Ações-equipe
As ações da Vigilância Epidemiológica seguem um padrão nacional. As 10 princiapais são: vigilância epidemiológica (de casos, laboratorial, em áreas de fronteiras e entomológicas); combate ao vetor, (que tem o objetivo de manter o índice abaixo de 1%); assistência aos pacientes; integração com a atenção básica (equipes do PSF); ações de saneamento ambiental (mutirão de limpeza nos bairros); ações integradas de saúde, comunicação e mobilização social; capacitação de recursos humanos, legislação; sustentação políticossocial; e acompanhamento e avaliação do programa.
Ao todo, Itabira possui quatro pontos de apoio que ficam nos bairros centro, Juca Rosa, Machado e Gabiroba. Sessenta pessoas, incluindo os coordenadores, trabalham ininterruptamente contra a proliferação da doença. O trabalho, a partir de agora, será mais intensivo nas regiões mais críticas, como aconteceu com a Área Verde (região entre os bairros São Francisco e Nossa Senhora das Oliveiras), que já liderou a lista dos mais infestados e hoje está em último lugar.